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‘Me arrependo de gritar mito’, diz deputado pastor que abandonou bolsonarismo

De direita e conservador, Otoni de Paula (MDB-RJ) acusa políticos do seu campo de mentir e seguir pautas delirantes, como anistia para o ex-presidente

Por Ludmilla de Lima Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 nov 2025, 14h38 - Publicado em 27 nov 2025, 13h17

Na tribuna da Câmara, o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) voltou a atacar o bolsonarismo, radicalizando ainda mais o discurso em relação aos políticos do campo conservador e de direita – no qual se insere – que seguem o ex-presidente, agora preso. Pastor da Assembleia de Deus Missão e Vida e ex-líder do governo de Jair Bolsonaro, ele afirmou ontem, 26, ter decidido “andar sozinho do que mal acompanhado” e não mais “ser visto como um extremista”. O parlamentar se disse envergonhado por suas posições no passado, inclusive declaradas no altar: “Me arrependo quando gritei mito num lugar onde só deveria cultuar o senhor. A culpa nunca foi de Bolsonaro. A culpa foi minha mesmo. Por isso resolvi alertar meus irmãos que estão no mesmo lugar que ainda estive”.

A VEJA, nesta quinta-feira, ele explicou que busca “ser uma voz sensata na direita”. “Enquanto estivermos colados ao extremismo do bolsonarismo, nós vamos perder. Estou tentando, então, fazer dois movimentos: um de libertação da igreja, para que volte ao seu papel, e outro de mostrar que a direita é maior que o bolsonarismo, assim como o conservadorismo é maior que a direita”, justifica ele, reconhecendo que ganhou muitos votos quando o seu discurso se valia da polarização.

“Eu parecia um louco”

As falas no Congresso foram feitas um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenar a execução da pena de Bolsonaro, levado para a prisão na Polícia Federal em Brasília no último sábado. Não é de hoje que Otoni se coloca contra o bolsonarismo, o que lhe rende frequentes ataques de ex-aliados, inclusive sendo chamado de traidor. Mas, na quarta, ele foi além, ao disparar que “colegas bolsonaristas” não servem mais como companheiros de caminhada e ao fazer mea culpa. “Estou envergonhado, porque não parecia ali um pastor. Parecia um louco, que acha que tudo se resolve na bala e no tiro. Em vez de ficar ao lado da Justiça, preguei que bandido tem que morrer mesmo. Em vez de denunciar o pecado do racismo, preferi dizer que racismo não existe na minha nação. Em vez de ser a favor da equidade, resolvi ser a favor da tal meritocracia. Como se filho de pobre pudesse concorrer com o do rico”, destacou, tocando em temas caros à esquerda.

“Anistia é pauta delirante”

Hoje, em entrevista a VEJA, ele acusou políticos de direita de “blefarem” o tempo todo e de ficarem presos a “pautas delirantes”, como o tarifaço e a anistia ampla, que beneficiaria Bolsonaro. “As pessoas achavam que Trump iria dar visto a Bolsonaro e nomeá-lo a algum cargo na embaixada. São mentiras em cima de mentiras, e o povo está cansado disso”, sublinha. “Não estamos entregando nada de importante para o Brasil enquanto oposição”.

O emedebista diz que era um defensor da dosimetria das penas para condenados do 8 de janeiro. “Mas a pauta da anistia é delirante porque, mesmo que passe com Motta na Câmara, não iria adiante no Senado com Alcolumbre”, acrescenta o pastor, que recebe desde ontem elogios de políticos da esquerda, inclusive do PT, como André Ceciliano. O deputado fluminense, no entanto, faz questão de sempre frisar: “Sou de direita e conservador”. E desafia: “A militância bolsonarista tenta me desconstruir já que não tem argumentos contra mim”.

 

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