Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

MEC cria comissão para avaliar questões do Enem

Grupo formado por três homens terá acesso ao ambiente restrito do Inep e poderá recomendar a exclusão de itens da prova

Por Leonardo Lellis Atualizado em 20 mar 2019, 14h42 - Publicado em 20 mar 2019, 09h39
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Órgão do Ministério da Educação responsável pela organização do Exame Nacional do Ensino Médio, o Inep instalou nesta quarta-feira, 20, uma comissão para avaliar as questões que estão disponíveis para ser utilizadas na prova e decidir quais ficarão de fora.

    No fim do ano passado, em reação a uma questão que não lhe agradou na última edição da prova, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que seu governo tomaria conhecimento prévio do exame.

    Embora não seja exatamente o que Bolsonaro havia prometido, o grupo terá acesso ao ambiente seguro do Inep e dez dias para concluir o trabalho de escolher quais questões devem ficar de fora do exame, que é usado na seleção de universidades públicas, no Programa Universidade para Todos (Prouni) e no Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).

    De acordo com a portaria 244, publicada hoje, a comissão de três homens será responsável por avaliar os itens disponíveis no Banco Nacional de Itens (BNI), mantido pelo Inep, para a montagem da edição de 2019 do Enem. O texto diz que o “objetivo é verificar a sua pertinência com a realidade social, de modo a assegurar um perfil consensual do Exame”.

    Segundo o Inep, as recomendações do grupo devem ser justificadas e, caso haja discordância da direção de Avaliação da Educação Básica, a palavra final caberá ao presidente do órgão.

    O instituto também nega que os itens serão descartados. “As questões dissonantes serão separadas para posterior adequação, testagem e utilização, se for o caso”, afirma Marcus Vinicius Rodrigues, presidente do Inep, por meio de nota.

    Continua após a publicidade

    “Os especialistas da comissão são nomes reconhecidos e que podem contribuir para a elaboração de uma prova com itens que contemplem, não apenas todos os aspectos técnicos formais, mas também ecoem as expectativas da sociedade em torno de uma educação para o desenvolvimento de um novo projeto de país”, acrescenta.

    Entre os membros está Marco Antônio Barroso Faria, ex-aluno do ministro Ricardo Vélez Rodriguez e que vai representar o Ministério da Educação no colegiado. Faria é secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior da Pasta.

    Os outros dois integrantes são Antonio Maurício Castanheira das Neves, representante do Inep, e o procurador de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina Gilberto Callado de Oliveira, representante da sociedade civil.

    Logo após ser eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PLS) criticou uma questão da prova de linguagens e ciências humanas do Enem de 2018, que buscava medir o conhecimento do candidato sobre o que é um dialeto.

    Continua após a publicidade

    Só que o presidente se insurgiu contra o texto de apoio da questão, que tratava do “pajubá”, “dialeto secreto” adotado por gays e travestis. Dois dias após o primeiro dia de avaliação, Bolsonaro considerou a avaliação um “vexame” e “doutrinação”.

    Em dezembro, o presidente voltou à carga contra o Enem. Em uma transmissão ao vivo em seu perfil no Facebook, ele afirmou que, a partir de 2019, seu governo vai “tomar conhecimento da prova antes”.

    Seleção de perguntas

    Com a iniciativa, o Inep cria uma etapa extra de seleção das perguntas que vão compor a prova, já que as questões que compõem o BNI passam pelo escrutínio do próprio órgão.

    “O Banco Nacional de Itens (BNI) do Inep tem como objetivos principais a elaboração permanente e a manutenção de quantidade expressiva de itens com comprovada qualidade técnico-pedagógica”, diz texto de apresentação do sistema.

    Continua após a publicidade

    As questões são elaboradas por professores de diversas universidades brasileiras e, em seguida, incluídas em pré-testes aplicados a alunos do ensino médio da rede pública.

    Depois, as questões vão para o BNI, que abriga mais de 10.000 perguntas. Conforme o resultado do pré-teste, as questões recebem diferentes graus de dificuldade, entre fáceis, médias e difíceis.

    As perguntas de cada área de conhecimento cobradas no Enem devem ter equilibrado o grau de dificuldade na proporção de 25% fáceis, 50% médias e 25% difíceis.

    Segundo o Inep, o Ambiente Físico Integrado Seguro, onde a prova é elaborada e ao qual a comissão terá acesso, tem “segurança máxima” e acesso restrito.

    Neste ano, o Enem será aplicado nos dias 3 e 10 de novembro. As inscrições estarão abertas de 6 a 17 de maio. Entre 1º e 10 de abril, os estudantes poderão pedir isenção da taxa de inscrição. Nesse mesmo período, o Inep vai receber as justificativas dos que faltaram às provas em 2018.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.