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MEC gastou quase 300 mil reais em campanha com youtubers

Ministério nega que tenha orientado youtubers a omitirem patrocínio e diz que canais selecionados atenderam a "critérios de veículação"

Por Da redação
17 fev 2017, 17h35
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  • Os canais “Você Sabia?” e Pyong Lee não foram os únicos que produziram vídeos favoráveis à Reforma do Ensino Médio no YouTube em troca de patrocínio público do Ministério da Educação (MEC), ação revelada na edição desta sexta-feira do jornal Folha de S.Paulo. Em resposta às questões do site de VEJA, o MEC revelou que a campanha com “influenciadores” reuniu seis canais e um custo total de 295 mil reais aos cofres públicos.

    Além dos dois, os canais “Rafael Moreira”, “Malena”, “T3ddy” e “Rato Borrachudo” também fizeram a divulgação, escolhidos atendendo a “critério de veiculação de mídias digitais”. Até quinta-feira, não havia nenhuma menção ao patrocínio nas publicações dos dois canais citados na matéria do jornal. A pasta se defende e afirma que não orientou os youtubers a omitirem em seus vídeos que se tratava de conteúdo patrocinado. Segundo o MEC, a contratação e orientação aos canais é de responsabilidade da agência contratada e que a recomendação era de que os posts contivessem “informações que identificam ser conteúdo publicitário.”

    No vídeo do “Você Sabia?”, o youtuber Lukas Marques, ao comentar sobre o projeto de flexibilização do Ensino Médio – em que o estudante poderá escolher uma área específica de aprofundamento na segunda parte do curso – argumenta que “você que quer trabalhar com história não vai ficar perdendo tempo com célula”. Na avaliação do Ministério da Educação, o uso dessas expressões não pode passar uma imagem distorcida da proposta. Apesar da primeira parte seguir com uma base curricular comum, período em que os estudantes que querem “trabalhar com história” precisarão estudar ciências biológicas, a pasta avalia que “o influenciador toca em um ponto importante da reforma: a flexibilização e o protagonismo do estudante” e que os youtubers têm “linguagem própria para se comunicar com o seu público”

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    Na argumentação da pasta, o valor é inferior ao das mídias tradicionais, como rádio e televisão, e diz que “pesquisas” apontam que 92% dos jovens de 15 a 25 anos se informam através do YouTube. Em nota, MEC diz que os canais “complementam a estratégia de comunicação institucional” da divulgação da Reforma do Ensino Médio.

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