Michelle chora ao relatar ‘humilhação’ na prisão domiciliar de Bolsonaro

Às lágrimas, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro falou neste domingo sobre as supostas humilhações pelas quais Jair Bolsonaro e sua família vêm passando em função da prisão domiciliar do ex-presidente. Ela lamentou as restrições impostas ao marido e ironizou a fiscalização que a polícia tem feito nos arredores de sua casa.

“Minha casa está sendo violada, a imagem da minha família está sendo violada. Minha filha de 14 anos tendo que ir para a escola e todos os dias ter que abrir o carro para a polícia verificar se tem alguém escondido dentro. Todos os dias revistam meu carro. É muita humilhação que estamos vivendo. A humilhação faz parte do processo e vamos sair mais fortes. Não vamos desistir”, discursou Michele.

“Quem era para estar aqui é meu marido, que hoje está amordaçado dentro de casa, com uma tornozeleira antes de ser julgado. Com policiais olhando toda hora os muros dos vizinhos para ver se tem possibilidade de ele pular. Um homem de 70 anos com sequelas de uma facada que recentemente passou por uma cirurgia de 12 horas. Como que um homem desses vai pular o muro?”, acrescentou.

Em sua fala, Michele afirmou que Bolsonaro está com suas liberdades cerceadas e pontuou que tem visto “maldade, injustiças e perseguição”. “Não estamos aqui por um projeto de poder. Dói na pele, na alma sentir toda essa injustiça, saber que a Constituição não tem sido respeitada em nenhum momento. Toda essa farsa vai cair por terra”.

Além das alegações de perseguição e das críticas ao STF, a ex-primeira-dama puxou, ao lado Silas Malafaia, um pai nosso ao final de seu discurso.

Saiu ainda em defesa do PL da Anistia e convocou os congressistas aliados a operarem pela sua aprovação. “Vamos continuar lutando nossos parlamentares pela anistia ampla, geral e irrestrita”.

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