Milhares de pessoas vão às ruas em novos protestos contra Bolsonaro
Atos foram convocados pelo grupo Mulheres Contra Bolsonaro, sob alegação de que ele é um risco à democracia; domingo deve ter atos a favor do candidato
Manifestantes contrários ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, voltaram às ruas de várias cidades do país e do exterior neste sábado para realizar protestos contra o líder das pesquisas, repetindo atos que ocorreram no final de setembro.
O protesto foi convocado pelo grupo Mulheres Contra Bolsonaro, sob o argumento de que o candidato representa um risco à democracia.
Neste domingo, por outro lado, estão previstos em diferentes cidades atos de brasileiros que apoiam a candidatura de Bolsonaro e são críticos ao seu rival no segundo turno, Fernando Haddad, e ao PT.
“Este ato não representa apenas a continuidade da luta das mulheres iniciada no dia 29 de setembro, mas também vem ao encontro das recentes manifestações de preocupação por parte da imprensa internacional, de diversas entidades de defesa dos direitos civis e humanos e de juristas, advogados e intelectuais com o que uma eventual vitória de Bolsonaro representa para nossa democracia”, afirmou a organização do ato deste sábado em nota.
Em São Paulo, os manifestantes se reuniram na avenida Paulista, chegaram a fechar as duas pistas na altura do Masp e depois seguiram em passeata.
“Vamos buscar a virada, não é momento de se intimidar”, disse o candidato à Presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, que participou do ato e apoia no segundo turno o petista Fernando Haddad.
De acordo com pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira, Bolsonaro tem 59% dos votos válidos, enquanto Haddad soma 41%.
No Rio de Janeiro, a concentração ocorreu na Cinelândia, reunindo representantes de diversos movimentos sociais.
A candidata a vice na chapa de Haddad, Manuela D´Ávila, participou da manifestação em Porto Alegre, sob os gritos de “Manu no Jaburu”, em referência à residência oficial do vice-presidente.
Algumas cidades do exterior também tiveram protestos contra Bolsonaro, como Nova York e Buenos Aires.
Numa onda semelhante ao “#MeToo”, em que mulheres cobram punições a autores de assédio e direitos iguais aos dos homens, grupos em redes sociais com milhões de seguidores começaram a pregar o “#EleNão”, voto contra Bolsonaro nas eleições.
O segundo turno da eleição presidencial entre Bolsonaro e Haddad ocorre no próximo dia 28.
(Com a Reuters)