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Militares apontam lacunas na ligação entre tentativa de golpe e ataques no 8 de janeiro

Representantes do Alto Comando rechaçam principal tese encampada pelo ministro Alexandre de Moraes

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 jun 2025, 10h05

Relator do processo que investiga uma tentativa de golpe no país, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, trata os ataques às sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF como a materialização de uma tentativa de ruptura democrática gestada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

Durante as sessões do julgamento, Moraes fez diversas menções aos atos do 8 de janeiro de 2023, chamando os manifestantes de “golpistas” e ressaltando os seus gritos de ordem por uma intervenção federal. “É bom lembrarmos que nós tivemos uma tentativa de golpe violentíssimo”, disse o ministro-relator enquanto passava um vídeo com imagens dos ataques na capital federal.

Peça-chave para a concretização de um golpe, os militares sempre rejeitaram a tese do ministro e, mesmo com o avanço das investigações, mantêm essa posição. Para importantes fardados que ocupam postos de destaque no governo Lula, os ataques representam atos de destruição, vandalismo e violência lastimáveis, mas não se configuram numa tentativa de quebra do regime democrático.

Naquele domingo, ressaltam, os principais generais do Exército estavam de férias e distantes de Brasília. Além disso, as investigações evidenciaram a resistência do ex-comandante Marco Antônio Freire Gomes a aderir a qualquer aventura proposta por Bolsonaro.

Ao tratar do assunto, militares de alta patente ressaltam que já há fatos concretos apurados, entre as quais o monitoramento indevido de autoridades por parte de um grupo de oficias e também da Agência Brasileira de Inteligência. Falta, porém, estabelecer uma ligação entre as discussões mantidas após as eleições – quando Bolsonaro propôs soluções como a decretação de Estado de Sítio e de Garantia da Lei e da Ordem – e os ataques na Praça dos Três Poderes.

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Para um importante general, ainda não está estabelecido o “link” entre a depredação em Brasília com as tratativas golpistas ensaiadas por Bolsonaro. “Temos uma lista de erros cometidos no 8 de janeiro, e isso é um dado concreto. Mas ainda não se conseguiu descobrir uma vinculação com os fatos depois da eleição e esses ataques”, afirma.

Um outro diagnóstico é dado com mais ênfase: “O 8 de janeiro foi um absurdo e um erro que favoreceram o governo”. A avaliação, é claro, jamais será dita em público.

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