Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Moro mantém depoimento de Emílio Odebrecht em sigilo

Presidente do conselho administrativo do grupo Odebrecht, ele depôs na ação penal que tem Marcelo Odebrecht, Antonio Palocci e outros 12 como réus

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 18h53 - Publicado em 13 mar 2017, 13h50

Filho do fundador do conglomerado que leva seu sobrenome, Norberto Odebrecht, e presidente do conselho administrativo do grupo, Emílio Odebrecht depôs na manhã desta segunda-feira ao juiz federal Sergio Moro. Um dos 77 executivos da empreiteira a firmarem acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), Odebrecht foi ouvido como testemunha de defesa do filho, Marcelo Odebrecht, na ação penal que tem entre os réus, além do “príncipe das empreiteiras”, o ex-ministro Antonio Palocci, o marqueteiro João Santana e outros 11 acusados.

O depoimento de Emílio Odebrecht, assim como o do ex-executivo Márcio Faria, também delator, no entanto, não será divulgado pela Justiça Federal. Os advogados do empresário e de Faria pediram, e Moro aceitou, que as oitivas fiquem em sigilo “até nova deliberação ou até o levantamento do sigilo pelo Egrégio Supremo Tribunal Federal, seguindo, neste ponto, decisão recente tomada pelo Min. Herman Benjamin no Tribunal Superior Eleitoral”.

O magistrado se refere à decisão de Benjamin, relator da ação que apura abuso de poder econômico e político pela chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014, ao tomar os depoimentos de delatores da empreiteira, como Marcelo Odebrecht, Benedicto Barbosa Júnior, Hilberto Mascarenhas e Cláudio Melo Filho.

O ministro do TSE não permitiu a divulgação do conteúdo das oitivas e das acareações entre eles. O Supremo Tribunal Federal (STF) mantém sigilo sobre as delações dos ex-executivos do conglomerado, homologadas em janeiro pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia.

Além de Odebrecht e Márcio Faria, falaram ao juiz federal o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, arrolado como testemunha por Antonio Palocci; o ex-assessor da Casa Civil no governo Dilma Rousseff Ivo da Motta Azevedo Corrêa, arrolado pelo ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic; e o presidente do grupo Odebrecht, Newton de Souza, arrolado por Marcelo Odebrecht. Os depoimentos dos três não foram colocados em sigilo por Moro.

Continua após a publicidade

As testemunhas depuseram na ação penal que apura a “conta corrente da propina” entre o ex-ministro, o PT e a Odebrecht.  O ex-ministro aparece identificado como “Italiano” nas planilhas da empreiteira e anotações do celular de Marcelo apreendidas e analisadas pela Polícia Federal e o MPF.

Segundo as investigações, Palocci teria acertado o pagamento ilegal de cerca de 200 milhões de reais pela empreiteira, de 2008 a 2013. “A planilha tem aparência de uma espécie de conta corrente informal do Grupo Odebrecht com agentes do Partido dos Trabalhadores”, resumiu Sergio Moro na decisão em que determinou o bloqueio de 128 milhões de reais de Palocci e outros acusados.

O dinheiro sujo teria como destinatário final definido pelo PT o marqueteiro João Santana, restando um saldo de 71 milhões de reais. De acordo com os investigadores, o valor foi retirado de contratos da Braskem, braço petroquímico do grupo Odebrecht, com a Petrobras.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.