O ministro da Justiça, Sergio Moro, é o único candidato à Presidência da República que aparece numericamente à frente do presidente Jair Bolsonaro em uma eventual disputa pelo Palácio do Planalto na eleição de 2002, aponta pesquisa FSB/VEJA. O ex-juiz da Lava Jato também venceria os outros rivais com vantagem maior que o próprio chefe.
Bolsonaro vai melhor que todos os outros adversários no cenário de primeiro turno, como mostrou reportagem de VEJA – nessa etapa, ele superaria o próprio Moro com 28% a 17%. Mas no segundo turno, em uma disputa com seu ministro, o presidente pode ter a sua tentativa de reeleição colocada em risco. Ele aparece com 37% das intenções de voto, atrás de Moro, que tem 39%, o que configura empate técnico, já que a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. Esse cenário é o que tem o maior percentual de eleitores que disseram que não votariam em nenhum dos candidatos apresentados: 14% deles descartam tanto o chefe quanto o subordinado.
O ex-juiz também superaria em um segundo turno o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) e o apresentador Luciano Huck (sem partido) nos cenários testados pela pesquisa – veja quadros abaixo –, sempre com mais folga do que Bolsonaro.
Enquanto o presidente da República já disse que gostaria de tentar a reeleição – e se mobiliza para isso criando um novo partido, o Aliança pelo Brasil -, o ministro da Justiça sempre diz que seu candidato é Bolsonaro e que ele não tem pretensão de disputar a Presidência.
Bem avaliado
Segundo a pesquisa, Moro é o ministro mais bem avaliado do governo: 29% o apontam como o melhor titular da Esplanada dos Ministérios. O segundo colocado, Paulo Guedes (Economia), vem bem atrás, com 6%.
O prestígio do ministro pode ser explicado pela avaliação que os entrevistados fazem da gestão Bolsonaro. Quando é perguntado quais são as áreas que mais melhoraram no atual governo, as duas mais bem avaliadas são combate à corrupção (24%) e segurança (16%). As duas áreas são ligadas ao ministério comandado pelo ex-juiz da Lava-Jato