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‘Morte passou a dois milímetros de mim’, diz Jair Bolsonaro

Declaração do candidato, esfaqueado no abdômen em ato de campanha em Juiz de Fora (MG), foi dada durante visita do pastor Silas Malafaia a hospital

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 set 2018, 21h30 - Publicado em 7 set 2018, 21h00
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  • O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira, 7, que a morte passou “a dois milímetros” dele. A declaração do presidenciável, esfaqueado no abdômen em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) na tarde de ontem, aparece em um vídeo gravado e divulgado pelo pastor evangélico Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus, durante uma visita no hospital Albert Einstein, em São Paulo, para onde o candidato foi transferido na manhã de hoje.

    “Se é que a gente pode falar em distância, a morte esteve distante dois milímetros de mim. A faca passou dois milímetros da minha [veia] cava, eu perdi dois litros de sangue que foram drenados. Se fosse mais três minutos o atendimento, o pessoal diz que eu tinha morrido, é um milagre”, disse Bolsonaro, com dificuldades de falar, ao lado de Malafaia (veja abaixo, a partir de 41 segundos).

    Na visita ao candidato do PSL à Presidência, acompanhada também pelo senador Magno Malta (PR-ES) e filhos de Bolsonaro, Silas Malafaia fez orações pelo candidato e disse que “não vai ser essa cambada aí que é contra valores de família, bem-estar da nação que vai destruir o nosso país não”.

    Em entrevista nesta quinta-feira, o cirurgião Luiz Henrique Borsato, da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, que conduziu a operação de cerca de quatro horas, apontou que a facada desferida por Adelio Bispo de Oliveira em Bolsonaro causou uma “volumosa hemorragia interna”, deixou três perfurações no intestino delgado do presidenciável, que foram suturadas, e uma “lesão grave” no cólon transverso, uma porção do intestino grosso. Neste caso, não houve pontos, mas um procedimento conhecido como colostomia, que consiste na exteriorização de parte do intestino em uma bolsa, onde são excretados fezes e gases.

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    Segundo o cirurgião, Bolsonaro deve ficar cerca de dois meses com a bolsa da colostomia e, então, será operado novamente para reverter o procedimento. Como o prazo terminaria depois das eleições, o médico foi questionado sobre se a colostomia impediria o candidato de fazer campanha. Ele respondeu que há pacientes que convivem com a bolsa permanentemente, com “qualidade de vida”.

    Boletim médico divulgado pelo Albert Einstein na tarde desta sexta-feira mostra que Jair Bolsonaro segue internado na unidade de tratamento intensivo (UTI), mas está “consciente e em boas condições clínicas”.

    Segundo a nota do hospital, o candidato “realizou exames laboratoriais e de imagens e foi avaliado por equipe multiprofissional”. O Albert Einstein também afirmou que será continuado o tratamento iniciado pelo candidato na Santa Casa de Juiz de Fora.

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