Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Na mira da Polícia Federal, Ramagem recebe sinal de proteção da Câmara

Deputados relatam insatisfação com ordens do Supremo e indicam barrar uma eventual prisão do ex-chefe da Abin

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 jul 2024, 21h01

Na mira da Polícia Federal no inquérito que investiga o monitoramento clandestino de autoridades durante o governo Bolsonaro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) recebeu o sinal de que, ao menos conforme o que já foi tornado público, poderá contar com o apoio das principais lideranças da Câmara para barrar uma eventual prisão do congressista.

Ramagem comandou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) entre julho de 2019 e março de 2022. A PF investiga o uso da estrutura do órgão para monitorar e levantar históricos de opositores políticos, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal neste período. Até mesmo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aparece entre os alvos do esquema.

Desde que vieram a público as informações, Ramagem tem procurado deputados para dar explicações. VEJA teve acesso a uma lista de documentos que ele apresentou para tentar amenizar a sua situação. São relatórios de sindicâncias, contratos que indicam a aquisição do software de geolocalização FirstMile antes da sua chegada ao órgão e pedidos de investigação internos sobre outras ferramentas em uso.

Ramagem também tem feito um corpo a corpo para jurar que não tem nada a ver com o monitoramento, garantir que não houve a quebra de sigilos telefônicos e apontar o dedo para irregularidades cometidas por dois servidores da agência.

Caso Brazão é precedente

O deputado conta com um clima de insatisfação, principalmente entre deputados do centrão e de oposição, maioria na Casa, com o Supremo Tribunal Federal. Importantes caciques avaliam que o ministro Alexandre de Moraes tem exagerado em algumas de suas decisões e agido com imparcialidade. Por isso, a sinalização é a de que eventuais novas ordens de prisão podem ser derrubadas como um recado à Corte.

Continua após a publicidade

A Constituição determina que deputados e senadores só podem ser presos no caso de flagrante de crime inafiançável e, depois disso, o plenário deve decidir se mantém ou revoga a medida. Em março deste ano, o deputado Chiquinho Brazão foi preso por ordem de Moraes após ser apontado como o mandante do assassinato, em 2018, da ex-vereadora Marielle Franco.

Dada a delicadeza do caso e da pressão da sociedade, a prisão de Chiquinho foi mantida, mas lideranças da Câmara procuraram ministros do Supremo para avisar que um novo pedido, se não seguisse à regra constitucional, seria sumariamente barrado.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.