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Na volta ao Senado, Aécio diz que é vítima de ardilosa armação

"Vou trabalhar para provar a minha inocência", afirmou na primeira aparição pública após ter afastamento parlamentar revertido

Por Da Redação Atualizado em 18 out 2017, 19h59 - Publicado em 18 out 2017, 18h28

Em sua primeira aparição pública após ter o afastamento parlamentar revertido pelo voto de 44 senadores, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que trabalhará a partir de agora para “provar a inocência”. Ao discursar no plenário do Senado, o parlamentar disse que tem sido alvo “dos ataques mais vis”.

Saudando os colegas que votaram pelo retorno do seu mandato e o fim do recolhimento domiciliar imposto pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 26, Aécio afirmou que é vítima de uma “ardilosa armação de empresários inescrupulosos” que fizeram uma delação premiada em que não se contou a verdade. “O que é mais grave, contribuíram para essa trama que é ardilosa, homens de Estado, notadamente alguns que tinham assento até muito pouco tempo na Procuradoria-Geral da República”, acrescentou.

Assim que chegou ao Senado, o parlamentar se dirigiu ao plenário. Após o discurso, que durou pouco mais de três minutos, ele se sentou ao lado do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) para acompanhar a sessão, tomou um cafezinho e um copo de água. “Será no exercício do mandato que irei me defender das acusações absurdas e falsas. Vou trabalhar a cada dia, a cada instante, para provar a minha inocência”, declarou.

Na noite de ontem, por 44 votos a 26, os senadores derrubaram as medidas cautelares impostas ao senador mineiro pelo STF. Para que o Senado rejeitasse as medidas, era necessário o apoio de 41 parlamentares.

Resposta a Tasso

Antes de chegar ao Senado, Aécio alfinetou o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), mas evitou se estender no assunto. “Não trato de questões partidárias pela imprensa”, respondeu ao ser questionado por jornalistas sobre as declarações de Jereissati contra ele.

Mais cedo, o senador cearense surpreendeu alguns tucanos ao defender a renúncia de Aécio do comando do partido, menos de um dia após o mineiro retomar o mandato parlamentar. “Eu acho que é (caso de renúncia). Porque agora ele não tem condições, dentro das circunstâncias que está, de ficar como presidente do partido. E nós precisamos ter uma solução definitiva e não provisória”, disse Tasso.

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A bancada do PSDB tem reunião marcada em instantes. Tasso Jereissati convocou os senadores do partido para discutir a votação que devolveu o mandato a Aécio Neves. A expectativa é que o político mineiro participe da reunião.

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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