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Nada escapa da agenda eleitoral de Lula: nem o sagrado nem o mundano

Presidente ganha terreno entre os católicos e esbanja otimismo na construção de aliança com Trump

Por Daniel Pereira 19 out 2025, 14h20

Na última segunda-feira, 13, o presidente Lula esteve no Vaticano para um encontro com o Papa Leão XIV, a pretexto de convidá-lo para a COP-30, que será realizada em Belém, e tratar de uma de suas obsessões na agenda internacional: uma ação global contra a pobreza e a fome.

A reunião foi documentada em fotos e vídeos e divulgada nas redes sociais. Numa das peças, Lula diz que teve uma “química” muito boa com o pontífice, repetindo o termo empregado por Donald Trump para se referir à conversa inicial que ele travou com o petista. Em outra mensagem, Lula contou ter dito ao papa que o mundo precisa de um “amplo movimento de indignação contra a desigualdade”.

Esse tipo de encontro é protocolar, mas tem peso eleitoral. O Brasil é um país de maioria católica, segmento religioso que andou meio contrariado com o presidente, que enfrenta forte rejeição entre os evangélicos.

Segundo pesquisa Genial/Quaest, o governo era desaprovado por 53% dos católicos em maio, ante uma aprovação de 45%. Em outubro, a situação se inverteu, e a aprovação passou para 54%, ante uma desaprovação de 44%.

Na prática, os católicos ajudam a puxar para cima a avaliação positiva da gestão Lula, que na média é aprovada por 48% e desaprovada por 49%.

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De olho no mundano

Ao voltar ao Brasil, Lula reencontrou os desafios de sempre. Entre eles, o tarifaço imposto por Donald Trump às exportações brasileiras. O caso ajudou o presidente a encontrar um discurso, de defesa da soberania nacional, reorganizar sua equipe e recuperar popularidade.

A ajuda involuntária dada por Trump pode ganhar impulso caso as negociações entre os dois países, finalmente abertas após um encontro entre os dois mandatários na Assembleia Geral da ONU, ganhem tração nos próximos dias.

O chancelar Mauro Vieira se encontrou pessoalmente com o secretário de Estado, Marco Rubio. Lula e Trump já conversaram por telefone e devem se reunir em breve. “Quando fui falar com Trump, tinha gerado uma química na ONU. Então ele me ligou, e eu disse que queria estabelecer uma conversa sem liturgia, estou fazendo 80 anos hoje, o senhor vai fazer dia 14 de junho, e vamos [nos] tratar como você. Não pintou química, pintou uma indústria petroquímica”, disse Lula.

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O presidente está otimista quanto ao rumo da prosa, que, se for bem-sucedida, pode lhe render mais dividendos eleitorais. Segundo a Genial/Quaest, antes do anúncio do tarifaço de Trump, a desaprovação ao governo era dezessete pontos superior à aprovação. Agora, ambas estão no mesmo nível.

 

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