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No Rio, deputados trocam MDB de Cabral pelo DEM, de Maia

Desgaste pela Lava Jato faz partido de Michel Temer perder parlamentares no estado; presidente da Câmara tenta fortalecer pré-candidatura ao Planalto

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 4 jun 2024, 16h41 - Publicado em 12 mar 2018, 11h12

Com a imagem desgastada pelos desdobramentos da Operação Lava Jato no estado, o MDB do Rio de Janeiro verá sua bancada na Câmara dos Deputados, que já foi a maior do partido, encolher para menos da metade durante a chamada janela partidária, período que permite parlamentares mudarem de legenda sem risco de perda de mandato.

Metade desses dissidentes emedebistas deve migrar para o DEM, partido do presidente da Casa, Rodrigo Maia (RJ). Maia tenta herdar o espólio político deixado pelo MDB no Estado para fortalecer sua pré-candidatura à Presidência da República, lançada oficialmente na semana passada, e ainda alavancar o pai, o ex-prefeito Cesar Maia, na disputa ao governo do Rio.

Desde que o MDB fluminense viu seus principais líderes serem presos – o ex-governador Sérgio Cabral, o deputado federal cassado Eduardo Cunha e o presidente afastado da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani –, o partido tem perdido espaço político no estado. Na legenda, resta apenas o ex-prefeito Eduardo Paes, que também pode se desfiliar nos próximos dias.

Apenas nos primeiros dias da janela partidária, que começou na semana passada e vai até o dia 7 de abril, quatro dos oito deputados do MDB do Rio que estavam no exercício do mandato já se desfiliaram ou comunicaram que vão deixar a legenda. Dois deles anunciaram filiação ao DEM: Laura Carneiro e Zé Augusto Nalin. Já o deputado Altineu Côrtes informou que retornará para o PR, enquanto Celso Pansera se filiou ao PT.

Outros dois deputados do MDB fluminense também negociam filiação ao DEM: Alexandre Serfiotis e Soraya Santos. “Hoje, quem é o do MDB quer sair. E a tendência é ir para um partido que também tem força no governo federal. E o DEM é o melhor caminho”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).

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Cavalcante foi escalado por Maia para negociar a filiação de novos parlamentares no Rio. Segundo o parlamentar, o fato de o presidente da Câmara ser do DEM tem servido como um “atrativo” para filiar os dissidentes emedebistas.

A ofensiva, no entanto, é criticada por dirigentes do MDB. Em reservado, eles acusam Maia de usar o cargo para tentar atrair os dissidentes. De acordo com emedebistas, o presidente da Câmara prometeu acelerar a substituição do deputado Celso Jacob (MDB-RJ), que está preso desde junho, para favorecer Nalin. O parlamentar já está no exercício do mandato, mas poderá voltar para a suplência quando o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (MDB-RJ), retornar para a Câmara, no início de abril.

“Não teve esta promessa. O caso do Celso Jacob precisa esperar decisão de recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), acho eu. Este tempo eu não comando”, afirmou Maia. Ele também negou que o DEM esteja atuando para esvaziar a bancada do MDB do Rio. “Os deputados estão saindo do MDB por decisão própria”, disse.

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Ofensiva

Além do MDB, o DEM também faz uma ofensiva para atrair deputados fluminenses de outros partidos: já acertou a filiação de Sérgio Zveiter (Podemos) e negocia com Deley (PTB). Caso todas as filiações se confirmem, o partido de Maia verá a bancada do DEM-RJ, até então de quatro parlamentares, mais do que dobrar e se tornar a maior do Estado.

O líder do MDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), minimizou a debandada de parlamentares do partido na bancada do Rio. Segundo ele, a legenda deve “empatar” entre perdas e novas filiações durante a janela partidária. “No fim das contas, vamos perder oito e ganhar oito”, disse. Picciani seguiu a mesma linha. “Fica ou sai do partido quem quiser”, afirmou o ministro.

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