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Nos momentos difíceis, Pazuello está sempre no lugar certo, diz Bolsonaro

Após crítica do ministro Gilmar Mendes, que disse que o Exército se associou a um 'genocídio', presidente afirmou que ministro interino é um 'predestinado'

Por Da Redação Atualizado em 15 jul 2020, 15h43 - Publicado em 15 jul 2020, 14h52
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  • Em meio à crise causada por uma declaração do ministro Gilmar Mendes, que afirmou que o Exército brasileiro se associou a um genocídio, em referência à atuação dos militares no Ministério da Saúde, o presidente Jair Bolsonaro elogiou o ministro interino Eduardo Pazuello em uma publicação em suas redes sociais.

    “Pazuello é um predestinado, nos momentos difíceis sempre está no lugar certo para melhor servir a sua pátria”, disse Bolsonaro. “O nosso Exército se orgulha desse nobre soldado”, acrescenta a publicação. O elogio do presidente da República ocorre no momento em que o ministro interino balança no cargo.

    Se Pazuello deixar o posto, a pasta deverá ser ocupada, provavelmente, por uma indicação do chamado Centrão, bloco parlamentar que passou a apoiar Bolsonaro. Entre os mais cotados, está novamente o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que já foi cogitado outras vezes e que continua fortalecido, apesar das previsões equivocadas que já fez em relação à pandemia do novo coronavírus.

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    O desagravo feito por Bolsonaro ocorre após o ministro Gilmar Mendes afirmar, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, que havia “um vazio” no Ministério da Saúde e que o Exército brasileiro estava se “associando a esse genocídio”, em alusão às mortes causadas pelo coronavírus.

    “Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa. Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”, disse Gilmar.

    Como VEJA mostrou, em resposta, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas subiram o tom contra Gilmar Mendes. Em nota, os militares declaram “repudiar veementemente” a insinuação do ministro do STF. “Comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia”, diz o texto assinado pelos chefes da Defesa (Fernando Azevedo e Silva), Marinha (Ilques Barbosa Junior), Exército (Edson Pujol) e Aeronáutica (Antônio Bermudez).

    Nesta terça-feira 14, o Ministério da Defesa protocolou uma representação contra Gilmar Mendes na Procuradoria-Geral da República (PGR), que deverá instaurar uma apuração preliminar antes de decidir qual encaminhamento dar ao caso.

    Mais cedo, também na terça-feira, o ministro do STF divulgou uma nota, na qual afirma que respeita as Forças Armadas e que sua crítica estava restrita ao emprego de militares no Ministério da Saúde. A pasta é comandada interinamente por Pazuello desde maio.

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