O Partido Novo realizou sua convenção estadual nessa quinta-feira e confirmou a candidatura do engenheiro Rogério Chequer, fundador e ex-líder do movimento Vem Pra Rua, a governador de São Paulo nas eleições de 2018. Apresentada pelo partido como “empreendedora”, Andrea Menezes, ex-executiva de bancos internacionais e também filiada ao Novo, será a candidata a vice-governadora na chapa.
O Vem Pra Rua, que teve Chequer como idealizador e principal líder nos primeiros anos, foi um dos grupos que, assim como o Movimento Brasil Livre (MBL), o Revoltados Online e o Nas Ruas, organizou os protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) entre 2015 e 2016. No evento, ele disse ver ligação entre o que fez antes e a nova iniciativa. “Assumi este desafio como passo natural e consequente do meu caminho como fundador do movimento Vem Pra Rua, que nasceu para mudar o país”, afirmou.
Fecha a coligação para as eleições de 2018 em São Paulo o piloto de avião aposentado Diogo da Luz, de 61 anos, que hoje atua como produtor rural e será candidato ao Senado pelo Novo. Apesar de ter duas vagas disponíveis, o partido decidiu concentrar os esforços em um único nome na disputa.
Diogo substituiu o cientista político Christian Lohbauer, depois que esse deixou a corrida pelo Legislativo para ser pré-candidato a vice-presidente na chapa presidencial de João Amoêdo (Novo). O Novo não vai fazer coligação com nenhum partido.
Nas últimas pesquisas divulgadas sobre a corrida ao Palácio dos Bandeirantes, Chequer oscilava entre 1 e 2% das intenções de voto. Em março, em entrevista a VEJA, o engenheiro disse que um dos seus motivos para concorrer era a “frustração” com o ex-prefeito João Doria (PSDB), que se elegeu em 2016 na esteira dos movimentos pró-impeachment e deixou o cargo após pouco mais de um ano.
Chequer também afirmou na época que a decisão por ser candidato logo de cara à chefia de um cargo executivo era por uma questão de “perfil” e criticava outros adversários na disputa. Para ele, o governador Márcio França (PSB) faz uso eleitoral da máquina pública enquanto Paulo Skaf (MDB) se concentra excessivamente nos empresários.