Confirmado como substituto do general Carlos Alberto dos Santos Cruz na Secretaria de Governo do Palácio do Planalto, o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira teria sido escolhido por ter mais jogo de cintura na interlocução com o Congresso e o grupo olavista do governo.
O general Ramos já exerceu a função de assessor parlamentar do Exército na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Em uma recente declaração polêmica, como Comandante Militar do Sudeste, Ramos disse que o fuzilamento de militares contra o carro de uma família com mais de 80 tiros, no último dia 7 de abril no Rio de Janeiro, matando o músico Evaldo Rosa dos Santos e o catador Luciano Macedo, não foi um assassinato. “Houve uma fatalidade. O pessoal tem colocado assassinato. Não é.”
Ramos também é mais um ex-integrante na missão brasileira das Nações Unidas para a estabilização do Haiti dentro do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Além do demitido Santos Cruz e o substituto dele, também participaram da missão na chefia das tropas da Minustah (missão de paz da ONU que atuou de 2004 a 2017) Tarcísio Gomes de Freitas (ministro da Infraestrutura), Augusto Heleno (chefe do Gabinete Institucional), Fernando Azevedo e Silva (ministro da Defesa) e o vice-presidente Hamilton Mourão.
Demitido pelo próprio presidente, havia ruído dentro do governo devido ao excessivo controle que Santos Cruz vinha exercendo em áreas como a Secretaria de Comunicação (Secom) e a gestão da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).
General Ramos está no interior de São Paulo para inspeção em uma operação militar, de acordo com informações da assessoria de imprensa do órgão que Ramos chefia atualmente. Ainda não há informação de quando ele viajará a Brasília ou em que momento se reunirá com Bolsonaro.