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Número 3 do partido de Bolsonaro foi denunciado por corrupção

Em 2017, PGR denunciou o advogado Luís Felipe Belmonte por dar propina a desembargador em troca de decisão que liberou pagamento milionário em processo

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 nov 2019, 08h28 - Publicado em 29 nov 2019, 06h23
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  • Terceiro na hierarquia e segundo vice-presidente do Aliança Pelo Brasil, novo partido do presidente Jair Bolsonaro, o advogado Luís Felipe Belmonte é pouco conhecido fora do círculo da família presidencial, mas ainda vai ganhar muita visibilidade – e não apenas por sua posição de destaque na legenda. Reportagem de VEJA desta semana mostra quem é Belmonte e sua trajetória.

    Em maio de 2017, o advogado foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Segundo a Procuradoria, Belmonte teria pago 800.000 reais em propina ao ex-desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 14ª Região Vulmar Coelho Júnior, em troca de uma decisão que liberou, em 2010, o pagamento a ele de 11 milhões de reais devidos do montante da ação dos precatórios em Rondônia. No desenrolar das investigações, em outubro de 2012, Belmonte acabou sendo alvo de um mandado de busca e apreensão da PF, que afirmou no inquérito que ele tinha “grande poder de influência nos órgãos públicos” e era o “principal protagonista” no “vultoso e conturbado” processo no TRT.

    A defesa nega o pagamento de qualquer propina, diz que o processo foi “comprovadamente idôneo” e sustenta que o desembargador decidiu sempre contra os interesses de Belmonte. Devido a fraudes no mesmo processo, Vulmar Júnior foi aposentado compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2017. A denúncia contra Belmonte corre em primeira instância na Justiça Federal de Rondônia.

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