Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99

O dia que escancarou o arco de apoios de Flávio Dino para o STF

Indicado para a sucessão de Rosa Weber, Dino tem como principais padrinhos os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 dez 2023, 20h19

O dia 30 de agosto funciona como uma espécie de divisor de águas nas pretensões de Flávio Dino de ser indicado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente Lula ainda tateava apoios que seu ministro da Justiça, o advogado-geral da União Jorge Messias e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas tinham angariado quando, naquela noite, em um jantar no Palácio da Alvorada, o nome de Dino foi colocado à mesa como uma escolha com múltiplos padrinhos.

À tarde, em um encontro fora da agenda, o decano do STF Gilmar Mendes havia sido questionado pelo petista sobre os candidatos à sucessão de Rosa Weber, que se aposentaria compulsoriamente em setembro, e sugerido o nome de Dino. Tempos antes, em outro movimento, Alexandre de Moraes sondara o chefe da Justiça sobre voltar à magistratura e, no jantar, voltou a falar do tema.  Dino havia deixado o cargo de juiz federal em 2007 para se lançar candidato a deputado. Com o sinal verde do supremável, era questão de Lula definir se o candidato apoiado pelos dois mais influentes integrantes do STF seria mesmo contemplado.

Padrinhos poderosos

Apesar dos padrinhos de peso, um fator imponderável reforçou em Flávio Dino a disposição de trocar o Ministério da Justiça pelo tribunal. Ele havia tido um pico de pressão e, por orientação de amigos, recebido a sugestão de se consultar com um médico que atende altas autoridades em São Paulo. Não seguiu o conselho, mas topou se avistar com a cardiologista Ludhmilla Hajjar e entrou em dieta para regularizar taxas de saúde alteradas. “Ele já tinha aceito disputar a vaga do STF, mas o episódio ajudou na convicção certamente”, disse um aliado, sob anonimato, a VEJA.

Na quinta-feira 23 de novembro, de volta ao Alvorada, Gilmar, Alexandre e o ministro Cristiano Zanin foram convocados para ouvir do presidente Lula quem seriam os escolhidos para o posto de novo integrante de Supremo. “Antes eu tinha o Sigmaringa, Márcio Thomaz Bastos, tinha Sepúlveda Pertence”, começou Lula na introdução do anúncio.

O simbolismo do novo anúncio – instantes antes Lula havia pedido que Jorge Messias e o próprio Dino deixassem os quatro a sós – deixou uma lição. Partido de Lula, o PT levara a ele outros nomes para o cargo, e o Congresso também tinha seus próprios preferidos, mas, sem os antigos conselheiros, na hora da verdade o presidente ficou com a indicação dos juízes.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.