De cidadezinha em Sergipe ao topo do governo do RJ: o supersecretário André Moura

André Moura (UNIÃO), ex-prefeito de Pirambu — município com cerca de 8 mil habitantes no interior de Sergipe — se tornou, nesta sexta-feira, 4, um dos homens mais poderosos da administração fluminense. Já responsável pelas secretarias de Governo e de Representação do Estado em Brasília, Moura foi nomeado secretário interino de Transportes após a exoneração de Washington Reis (MDB).

A nomeação, publicada em edição extraordinária do Diário Oficial, foi assinada pelo governador em exercício Rodrigo Bacellar (UNIÃO), que ocupa o cargo durante a viagem de Cláudio Castro (PL) a Portugal. Com a nova função, Moura passa a concentrar três pastas estratégicas da máquina estadual — e amplia ainda mais sua influência nos bastidores do Palácio Guanabara.

Ex-deputado federal por Sergipe e ex-líder do governo Michel Temer no Congresso, Moura tem se consolidado como peça-chave no núcleo político do Rio. Homem de confiança de Bacellar, atua como articulador da base aliada e principal interlocutor do governo com Brasília, onde a sua filha, Yandra Moura (UNIÃO), é deputada federal. Agora, à frente da Secretaria de Transportes, assume também a gestão de contratos bilionários, obras de mobilidade e concessões públicas — resta saber se permanecerá no cargo após o retorno de Cláudio Castro ao país.

Apesar do protagonismo na política, Moura carrega um histórico controverso. Foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal por peculato e associação criminosa, em crimes cometidos durante sua gestão como prefeito de Pirambu, e já figurou entre os investigados da Operação Lava Jato por ligações com o ex-deputado Eduardo Cunha.

Hoje, divide seu tempo entre a costura política no RJ e os planos eleitorais no Nordeste: pretende disputar uma vaga no Senado por Sergipe em 2026.

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