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O incômodo do PSB com Júnior Mano diante das suspeitas de desvio de emendas

Líderes do partido reclamam do constrangimento causado pela presença do deputado federal como líder de uma organização criminosa

Por Ricardo Chapola Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 jul 2025, 10h19

A operação da Polícia Federal (PF) que investiga o deputado federal Júnior Mano por suspeitas de envolvimento em um esquema de desvio de emendas parlamentares no Ceará tem gerado mal-estar no PSB, partido ao qual ele é filiado e que faz parte da base de apoio ao governo Lula.

Apesar da nota protocolar emitida pela legenda, em que diz aguardar os esclarecimentos dos fatos antes de anunciar uma posição sobre a situação do parlamentar, , lideranças socialistas revelam reservadamente que a suposta participação do cearense no caso criou uma situação constrangedora.

Pouco depois de ter seu gabinete vasculhado por agentes da polícia, Junior Mano enviou uma mensagem para o grupo de WhatsApp de parlamentares do PSB pedindo desculpas aos colegas pelos transtornos provocados por seu envolvimento na investigação.

Para se justificar, disse aos correligionários que atribui o surgimento de seu nome no caso a disputas políticas locais.

A operação faz parte de um inquérito sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a PF, Júnior Mano teve “papel central” num esquema que desviou dinheiro público em 51 prefeituras do Ceará.

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A investigação aponta que o deputado destinava emendas para os municípios que, por sua vez, fraudavam licitações para contratar empresas ligadas a seus aliados.

Os recursos desviados, segundo a investigação, eram usados para comprar votos e abastecer o caixa de políticos apoiados pelo deputado nas eleições de 2024.

Os policiais apuram também indícios de participação de facções criminosas no esquema. Há evidências de que integrantes do Guardiões do Estado (GDE), uma dissidência do PCC, teriam atuado em conluio com políticos locais para desviar o dinheiro.

A investigação identificou que uma integrante da campanha de um aliado de Júnior Mano na cidade de Canindé, a 120 quilômetros de Fortaleza, era uma conhecida traficante de drogas da região e ligada aos GDE. A mulher chefiava o comitê eleitoral do candidato apoiado pelo deputado no município.

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