Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

O retorno de Sergio Moro a Brasília

Ex-ministro da Justiça dará aula magna em centro universitário da capital

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 mar 2021, 00h21 - Publicado em 24 ago 2020, 10h38
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Desde que deixou o governo Bolsonaro acusando o presidente de ter tentado interferir politicamente na Polícia Federal, o ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro esteve em Brasília apenas uma única vez, quando assistiu ao vídeo da fatídica reunião ministerial, que, segundo ele, comprovaria as intenções do presidente de trocar o comando da PF sem explicações plausíveis. Agora, Moro prepara sua estreia para a quinta-feira, 27, como professor de um centro universitário na capital federal.

    Uma aula magna será ministrada pelo ex-juiz da Lava-Jato de forma virtual e terá como tema “Combate à Corrupção, Combate à Lavagem de Dinheiro e estado de Direito”. As aulas regulares do curso ministrado pelo ex-ministro começarão de forma efetiva no dia 15 de setembro. A partir desta data ele dará aulas quinzenais na instituição – presencialmente, quando a pandemia terminar. Moro também é professor de uma faculdade privada em Curitiba e até outubro cumpre quarentena remunerada exigida de integrantes do Executivo que deixam o governo.

    Enquanto constrói a carreira na iniciativa privada, Moro aguarda o julgamento que terá o impacto mais relevante em sua imagem como juiz da Lava Jato. Advogados de investigados no petrolão contam com a possibilidade de o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levar em breve à votação o caso em que se discute se o ex-magistrado agiu com imparcialidade ao condenar o ex-presidente Lula no notório caso do tríplex no Guarujá.

    Mendes é o presidente da Segunda Turma, onde são julgados os casos relacionados ao esquema do petrolão, e, ao mesmo tempo, é autor do pedido de vista que interrompeu a discussão sobre a parcialidade de Moro quando o placar contabilizava dois votos favoráveis ao ex-juiz. Em dezembro de 2018, tanto Mendes quanto o ministro Ricardo Lewandowski votaram para que o tema fosse discutido pelo Plenário do STF, formado por 11 magistrados, e não pela Turma, formada por cinco e cujo voto definidor do destino de réus lavajatistas costuma ser o do decano Celso de Mello. Na semana passada, Celso de Mello decidiu entrar em licença médica para tratamento de saúde, o que deixará a Turma com apenas quatro integrantes.

    Mendes e Lewandowski tendem a se manifestar a favor da parcialidade de Moro no julgamento do ex-presidente Lula, levando o caso a um empate – o relator da Lava Jato, Edson Fachin, e a ministra Cármen Lúcia já votaram e entenderam que o ex-juiz agiu com isenção ao julgar o ex-presidente petista. No caso de um placar de dois votos a dois em matéria penal, o entendimento é o de que o réu, no caso o ex-presidente, deve ser beneficiado. Por esta lógica, a condenação de oito anos e quatro meses no caso tríplex seria anulada. Lula também foi condenado em segunda instância em outro caso da Lava Jato – o processo no qual é acusado de receber propina a partir de melhorias em um sítio em Atibaia – mas como Moro atuou no início deste processo, embora a sentença tenha sido emitida pela juíza Gabriela Hardt, é possível que parte dele também seja invalidado. Por ora, Mendes não revelou quando pretende levar o caso para análise do colegiado.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.