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O Sete de Setembro e o cálculo político de Alexandre de Moraes

Magistrado escolheu a dedo a data do julgamento que deve definir as responsabilidades do ex-presidente na trama golpista

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 set 2025, 18h21 - Publicado em 6 set 2025, 17h21

Responsável por conduzir com mão de ferro as investigações sobre a chamada trama golpista, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes escolheu a dedo as datas do julgamento de Jair Bolsonaro como principal réu do chamado núcleo crucial da trama golpista pensando em um fato específico: o feriado da Independência, comemorado no dia 7 de setembro.

De acordo com interlocutores de Moraes, a intenção do ministro era evitar que o início dos votos de mérito contra cada um dos acusados inflamasse ainda mais as manifestações programadas para domingo, quando apoiadores do ex-presidente pretendem fazer manifestações em pelo menos 15 cidades com motes como a defesa da anistia para os condenados pelo 8 de janeiro e para autoridades que acabarem eventualmente condenadas na trama golpista.

Pelo calendário de julgamento, o voto de Alexandre de Moraes propriamente dito será conhecido apenas na terça-feira, 9, quando se espera que ele condene veementemente as articulações que por pouco não provocaram uma ruptura institucional e critique as próprias negociações parlamentares em torno de uma anistia. A avaliação do magistrado, segundo interlocutores, era evitar tensionar ainda mais o Dia da Independência caso o teor de seu voto já fosse conhecido.

Nas convocações para os protestos deste fim de semana, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que como mostra a edição de VEJA que chega neste fim de semana às bancas e plataformas digitais, tem se movimentado politicamente como virtual candidata em 2026, afirma, em uma mensagem divulgada em suas redes sociais, que o país clama por “justiça” e “liberdade”.

Embora nem mesmo a interrupção da análise do julgamento da trama golpista seja completamente descartada – um pedido de um ministro por mais prazo para estudar o processo ou um recurso de parlamentares oposicionistas para que o Supremo pode paralisar as sessões –, a Primeira Turma deve concluir o trabalho na próxima sexta-feira, 12.

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“Não reprimir criminalmente tentativas dessa ordem, como mostram relatos de fato aqui e no estrangeiro, recrudesce ímpetos de autoritarismo e põe em risco o modelo de vida civilizada”, afirmou o procurador-geral da República Paulo Gonet, responsável pela acusação contra Bolsonaro e mais sete autoridades, na sustentação oral que abriu a fase de julgamento da intentona golpista.

Faltando pouco mais de um ano para as primeiras eleições presidenciais depois da tentativa de golpe, com ou sem protesto nas ruas, o STF dá sinais cada vez mais claros de que planeja respostas duras contra qualquer forma de plano antidemocrático.

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