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Odebrecht revela caixa dois de R$ 9 milhões a Delcídio do Amaral

Delatores afirmam que o ex-senador recebeu recursos nas campanhas de 2006, 2010 e 2014; ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró pediu dinheiro para Delcídio

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Rodrigo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Daniel Pereira, Thiago Bronzatto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 abr 2017, 17h37 - Publicado em 12 abr 2017, 11h49

Além de detalhar os repasses de propina para uma profusão de políticos de todas as esferas do país, a delação da Odebrecht revela pagamentos clandestinos milionários para as campanhas do ex-senador Delcídio do Amaral, que foi líder do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) até ser preso pela Operação Lava Jato tentando evitar a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Segundo dois delatores, Delcídio levou 9 milhões de reais “não contabilizados” para financiar suas campanhas eleitorais em 2006, 2010 e 2014.

No despacho em que determina o envio dos depoimentos de delatores e provas contra Delcídio aos procuradores da Lava Jato no Paraná, o ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), narra passagens dos depoimentos dos delatores Benedicto Júnior e Rogério Araújo sobre o ex-senador petista: “Os colaboradores relatam o possível repasse de recursos não contabilizados a campanhas de Delcídio do Amaral ao Senado Federal e ao governo de Mato Grosso do Sul nos anos de 2006, 2010 e 2014. Ainda de acordo com o requerente, o colaborador Rogério Santos de Araújo narra o pagamento de 4 milhões de reais em favor da campanha eleitoral do referido ex-parlamentar no ano de 2006, noticiando que, no ano de 2010, o Grupo Odebrecht recebeu de Nestor Cerveró, então diretor da área internacional da Petrobras, solicitação de pagamentos em benefício da campanha do mesmo político. Já o colaborador Benedicto Barbosa da Silva Júnior relata o repasse de 5 milhões de reais quando da eleição ao governo estadual em 2014″.

Depois de ser preso, Delcídio tornou-se delator da Lava Jato, mas nunca admitiu o recebimento de recursos ilícitos de empreiteiras. Agora, os depoimentos e as provas apresentadas contra o ex-senador serão enviados a Curitiba para análise do Ministério Público.

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