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Operação da PF cumpre mandados de busca e apreensão autorizados por Fachin

Operação mira pessoas com foro privilegiado em razão de uma investigação em curso perante o STF

Por Leonardo Lellis Atualizado em 5 nov 2019, 10h55 - Publicado em 5 nov 2019, 08h04

A Polícia Federal está nas ruas nesta terça-feira, 5, para cumprir uma série de mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens autorizados pelo ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Trata-se de uma investigação para apurar supostos pagamentos de propina do Grupo J&F, que controla a JBS, a parlamentares do MDB para apoiar o PT nas eleições de 2014.

O blog Radar informa que a operação tem entre seus alvos os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM), que prestarão depoimento, além do ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU).

“Atendendo às determinações do Ministro Luiz Edson Fachin, que assina as ordens judiciais, a Polícia Federal informa que não realizará qualquer divulgação das ações realizadas desde as primeiras horas da manhã”, diz nota da corporação.

Procurado, o gabinete de Renan Calheiros afirmou que o senador foi convocado para prestar depoimentos e negou qualquer movimentação de policiais no local. “Senador Renan não foi alvo de operação. Não há busca e apreensão, como também não há qualquer determinação a ser cumprida nas dependências do Congresso. Entregaram uma simples intimação para prestar esclarecimentos. Nada mais que isso”, afirma nota do advogado de Renan, Luiz Henrique Machado, que acrescenta que o político prestará todos os esclarecimentos necessários.

Pelo Twitter, Eduardo Braga publicou uma intimação para comparecer à sede da Polícia Federal para prestar depoimento, previamente agendado.  “Permaneço à disposição da Justiça e da verdade”, escreveu.

 

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As suspeitas que baseiam as investigações foram levantadas nas delações premiadas do executivo Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais da empresa, e do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

Em sua delação, Saud disse ter havido pagamentos da ordem de 46 milhões de reais a senadores do MDB, a pedido do PT. De acordo com o executivo, apesar de diversas doações terem sido oficiais, trata-se de “vantagem indevida”, já que dirigentes petistas estariam comprando o apoio de peemedebistas nas eleições de 2014 para garantir a aliança entre os dois partidos.

Segundo o delator, o pagamento milionário tinha o objetivo de manter a unidade do MDB, devido ao risco, à época, de que integrantes do partido passassem a apoiar formalmente a campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República.

O esquema teria beneficiado os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Jader Barbalho (MDB-PA), Eunício Oliveira (MDB-CE), Renan Calheiros (MDB-AL), Valdir Raupp (MDB-RO) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rego. Todos negam irregularidades.

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“Ao todo, já são 13 investigações arquivadas em virtude de acusações sem qualquer base probatória. No caso específico de Sérgio Machado, trata-se de acusação leviana, inquestionavelmente, a delação mais desacreditada da Lava Jato, de modo que ele próprio gravou clandestinamente parlamentares com intuito de reunir provas e fracasso no seu intento”, afirma a defesa de Renan.

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