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Operação no Rio antecipa guerra eleitoral entre direita e esquerda nas redes

Políticos ligados a Lula criticaram declarações de Cláudio Castro e defendem PEC da Segurança, enquanto a oposição acusa o petista de ser conivente com o crime

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 out 2025, 07h38 - Publicado em 28 out 2025, 21h59

O Rio de Janeiro foi palco nesta terça-feira, 28, de uma sangrenta operação policial contra o Comando Vermelho, que deixou, até o momento, 64 pessoas mortas (entre elas quatro policiaisi), 81 suspeitos presos e milhares de moradores e trabalhadores em pânico, ilhados pela violência. A ofensiva contra uma das maiores e mais violentas organizações criminosas do país desencadeou um forte cabo-de-guerra entre direita e esquerda em torno da segurança pública nas redes sociais, já tendo como pano de fundo a disputa nacional de 2026.

Na primeira entrevista que concedeu sobre a operação, o governador do Rio, Claudio Castro (PL), disse que seu estado “está sozinho” no combate à facção e mencionou ter feito pedidos de ajuda ao governo federal — que não foram atendidos. A resposta do governo de Luiz Inácio Lula da Silva veio poucas horas depois, o Ministério da Justiça publicou uma nota afirmando que não recebeu pedidos de ajuda e enumerou outros investimentos feitos pela pasta no enfrentamento ao crime organizado.

O próprio ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, concedeu uma coletiva no final da tarde reiterando os termos dessa nota. O presidente nacional do PT, Edinho Silva, acusou Castro de “politizar” o episódio e chamou a operação desta terça de “desastre”, aproveitando para questionar o governador do Rio sobre o seu apoio à PEC da Segurança.

A proposta, que tem o objetivo de federalizar as investigações sobre crime organizado, colocando-as sob a guarda da Polícia Federal, é uma das grandes apostas do governo Lula para apresentar resultados na área da segurança, mas está parada na Câmara dos Deputados. Outras lideranças do PT, como a ministra das Relações Institucionais Gleisi Hoffmann, também utilizaram a operação violenta do Rio de Janeiro para falar sobre a importância de aprovação da proposta.

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Enquanto isso, parlamentares bolsonaristas estão travando uma cruzada nas redes para vincular a força-tarefa ao presidente Lula. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara e comandante da batalha infrutífera até agora pela anistia a Jair Bolsonaro, compartilhou uma montagem do petista usando um boné com a sigla “CPX” na campanha de 2022. Trata-se de uma abreviação de complexo (nome dos conjuntos de comunidades no Rio), mas, na época, bolsonaristas afirmaram que era um código do crime organizado.

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez uma live no YouTube para falar sobre a operação e investiu contra o governo Lula. Nas redes sociais, lembrou da frase de Lula sobre traficantes serem vítimas de usuários. “Para Lula, traficante é “vítima”. Tem que tratar com abraço e flores, não com arma”, postou, com uma foto de Lula usando o boné com a inscrição CPX.

O deputado federal Alexandre Ramagem e o senador Carlos Portinho, ambos PL-RJ, lembraram a fala de Lula no final da semana passada sobre traficantes serem “vítimas dos usuários” e acusaram o governo de ser leniente com o tráfico de drogas.

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O governador de Minas, Romeu Zema, que já se colocou como pré-candidato à Presidência, também foi às redes defender um tratamento mais duro às organizações criminosas. “O Brasil precisa reconhecer essas facções como grupos terroristas”, disse no X. Outro governador e presidenciável, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, preferiu apoiar Cláudio Castro. “Parabéns ao governador por sua decisão firme de enfrentar o crime no Rio de Janeiro. A coragem das forças de segurança e o compromisso com a paz e a liberdade da população recebem o aplauso de todo o Brasil”, escreveu.

Segurança no topo

As últimas pesquisas eleitorais têm mostrado que segurança pública ganhar o status de protagonista entre as preocupações dos eleitores — não à toa esse promete ser o grande tema da disputa de 2026, a exemplo do que já aconteceu em 2024. Além de mostrar resultados na área, situação e oposição também tentam capitalizar as ações em seu favor, de olho nos resultados da disputa do ano que vem.

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