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Os bastidores da ascensão de Boulos e da queda de Macêdo no Planalto

Entenda

Por Matheus Leitão
Atualizado em 21 out 2025, 15h43 - Publicado em 21 out 2025, 15h21

 

A mudança na Secretaria-Geral da Presidência da República — com a saída de Márcio Macêdo e a entrada de Guilherme Boulos — não é apenas uma troca de cadeiras no governo Luiz Inácio Lula da Silva. É o desfecho de uma operação que vinha sendo costurada em silêncio. Como destaquei em coluna anterior, os movimentos em torno da pasta já provocavam apreensão em setores dos movimentos sociais que mantêm histórico com o PT — justamente pela centralidade da secretaria na interlocução com essas bases.

Ninguém no Planalto ignorava que Boulos atuava nos bastidores para assumir o cargo. Sua trajetória no MTST despertava receio em segmentos que temiam mudanças nas correlações internas de força. Macêdo, por outro lado, seguia respaldado por Lula e preservava trânsito interno.

A entrada de Boulos só avançou após duas condições serem colocadas: ele teria que abrir mão de uma candidatura em 2026 e, nesse cenário, se comprometeria a pedir votos para os nomes do PT em São Paulo — movimento visto como ganho imediato para a legenda. Na sequência, se concretizará (esse é o plano, ao menos) sua migração para o partido, reforçando a sigla com um nome de peso na esquerda.

A despedida de Macêdo foi marcada por emoção. Parte da equipe chorou durante o discurso final. Ele pediu aos servidores que não deixassem a disputa política apagar os resultados da pasta, especialmente no diálogo com movimentos sociais, na mobilização da juventude de esquerda e na articulação da COP30 — considerada um dos principais legados de sua gestão.

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Lula demonstrou gratidão ao ex-ministro. O presidente lembra que Macêdo esteve ao seu lado durante a prisão na Lava Jato e comandou a tesouraria da campanha de 2022, com as contas aprovadas sem ressalvas. Segundo auxiliares, Lula se comoveu na conversa final, mas reforçou a necessidade de “resolver o PT de São Paulo”. Em troca, garantiu apoio nas articulações que envolvem Macêdo na campanha de Sergipe, tratada como prioridade no estado.

Por fim, Boulos e Macêdo se reúnem ainda hoje para formalizar a transição. Nos bastidores, já está entendido: a secretaria muda de mãos, mas carrega consigo tanto uma cobrança futura quanto uma memória de lealdade passada.

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