Dono de um patrimônio declarado de 169,5 milhões de reais e na briga pela liderança da disputa pela prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal fundou mais três empresas em 2024 e ampliou ainda mais sua já ampla rede de negócios. Com a criação de novas companhias, Marçal tem 29 CNPJs vinculados ao seu nome.
Entre maio e julho deste ano, o candidato do PRTB fundou duas holdings. A primeira foi batizada de Mcar patrimonial, com capital social de 100.000 reais. Marçal criou também a Agusta CFO, cujo capital social é de 14,4 milhões de reais. A terceira empresa é a Hangar Marçal, que informou à Receita Federal que terá uma atuação ampla — lava-jato, operação de aeroportos, gestão de imóveis e serviços de escritório.
Corrida embolada
A candidatura de Pablo Marçal tem ganhado tração desde o início da campanha eleitoral, em agosto. O candidato do PRTB disparou nas pesquisas de intenção de voto e está no primeiro pelotão da disputa pela prefeitura da capital paulista. No levantamento divulgado pela Quaest, o empresário aparece com 19% das intenções de voto, tecnicamente empatado com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que concorre à reeleição. O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, tem 23%. Na pesquisa anterior, Marçal aparecia com 13% — seis pontos percentuais a menos do que tem agora.
O crescimento do empresário está associado ao sucesso de sua atuação nas redes sociais e no apoio que seu nome vem conquistando do eleitorado jovem, especialmente entre os evangélicos e entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os levantamentos realizados pelos institutos de pesquisa evidenciam, nos últimos dias, a tendência que explica o crescimento de Marçal: eleitores que declaravam votos em Ricardo Nunes, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, estariam migrando para a candidatura do PRTB.
Uma reportagem de VEJA desta semana mostra as razões do aumento da adesão de uma parcela do eleitorado jovem ao discurso de direita.