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PSDB não integra mais a base aliada do governo, diz Padilha

O ministro da Casa Civil afirmou, no entanto, que Michel Temer poderá manter ministros tucanos em sua 'cota pessoal'

Por Agência Brasil, Reuters Atualizado em 4 jun 2024, 18h01 - Publicado em 29 nov 2017, 15h51

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quarta-feira, em evento no Palácio do Planaltoque o PSDB não integra mais a base aliada do governo do presidente Michel Temer (PMDB). Ele afirmou, no entanto, que ministros do partido podem permanecer nos cargos.

“O PSDB não está mais na base de sustentação do governo”, disse, em entrevista a jornalistas. “O PSDB tem interesses políticos que está procurando preservar. O presidente Michel Temer tem a responsabilidade de governar e preservar sua base de sustentação”, completou.

Questionado sobre a situação dos ministros de governo que são do PSDB, entre eles Antonio Imbassahy, que é responsável pela articulação política, Padilha destacou que essa é uma decisão do presidente, e que nada impede que ministros do partido permaneçam no governo como parte da “cota pessoal” de Temer.

“A questão ministerial é uma questão do presidente da República. Ele poderá manter ministros do PSDB, tendo o partido deixado de participar da base de sustentação do governo. Uma coisa é um ministro estar no governo representando seu partido e outra é o presidente, na sua cota pessoal, resolver manter um quadro que circunstancialmente seja do PSDB no ministério. Não vejo nenhuma incompatibilidade”, disse.

No momento em que o presidente Temer articula com parlamentares a aprovação da Reforma da Previdência, o ministro Padilha avalia que, pela posição história do PSBD em relação à reforma, o partido deve ser favorável à proposta. “O PSDB, desde o início em que esteve participando integralmente do governo, tinha compromisso com a reforma da Previdência e não me consta que eles tenham deixado de tê-lo. A gente conta que eles mantenham o compromisso”, disse.

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Delações

Sobre a possibilidade de uma delação do ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso na Operação Lava Jato, o ministro disse que o presidente tem dito não ter nenhum temor em relação a uma eventual colaboração dele. Padilha também disse não ver nenhum indicativo de que ele possa fazer uma delação premiada.

Semipresidencialismo

O ministro disse ainda que Temer teve reuniões com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, sobre uma minuta de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui o semipresidencialismo como regime de governo.

Padilha, entretanto, disse que não tem conhecimento aprofundando sobre o tema porque não teve acesso à minuta da PEC referente ao assunto que circula na praça dos Três Poderes. Ainda assim, o ministro destacou que “todo mundo” sabe que Temer vê com bons olhos a adoção do novo regime . Ele até fez uma comparação, ao afirmar que o presidente tem agido com o Congresso como um semiparlamentarismo.

Padilha afirmou que, dependendo do teor da proposta, o Palácio do Planalto governo poderá apoiar a mudança de regime de governo.

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