O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), um dos principais aliados do presidente Michel Temer, pediu licença médica do governo para se submeter neste final de semana, em Porto Alegre (RS), a uma cirurgia para a retirada da próstata. Ele só deverá voltar à função no dia 6 de março – até lá, será substituído pelo secretário-executivo, Daniel Sigelmann.
A informação foi revelada pela coluna Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. Padilha está de atestado médico, depois de ter sido internado no Hospital do Exército no último dia 20 em decorrência de uma obstrução urinária provocada por uma hiperplasia prostática benigna. Ele teve alta do hospital no dia 22 e, desde então, está em Porto Alegre. Em setembro, o ministro, que tem 71 anos, foi internado por problemas de pressão.
O afastamento de Padilha do governo se dá no mesmo momento em que ele virou alvo de acusação feita pelo advogado José Yunes, amigo pessoal do presidente Michel Temer há quase 50 anos. Reportagem de VEJA desta semana traz as declarações de Yunes, que diz ter sido usado como “mula” por Padilha. Em 2014, o advogado recebeu em seu escritório, a pedido do ministro da Casa Civil, o operador Lúcio Funaro com um “pacote” para ser distribuído a campanhas políticas. O dinheiro, segundo a delação premiada do ex-diretor da Odebrecht Claudio Melo Filho, teria sido parte de uma propina de dez milhões de reais prometida pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht ao hoje presidente Temer e ao ministro da Casa Civil.
(Com Estadão Conteúdo)