Padre Kelmon e sua curiosa loja de bijuterias de R$ 1
Candidato do PTB à Presidência é dono de empresa em Brasília, mas isso não consta em sua declaração de patrimônio à Justiça Eleitoral
Kelmon Luis da Silva Souza, padre Kelmon, candidato do PTB à Presidência da República, também é empresário e, por alguma razão, decidiu não declarar essa informação à Justiça Eleitoral.
O candidato do PTB é dono da Jabuti Artigos Religiosos e Bijouterias, com sede em um prédio comercial de Brasília. Segundo o informações da Receita Federal, a empresa tem como atividade principal a fabricação de bijuterias. Mas informa também atuar na fabricação de artefatos de borracha, decoração, restauração de obras de arte comércio de roupas e venda de objetos de arte.
O mais curioso é o valor que a Jabuti Artigos Religios declara de capital social à Receita Federal: apenas um real. A empresa também não consta na declaração de Padre Kelmon ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O padre informou que a sua loja seria instalada na sala 807 do edifício Embassay Tower, na Asa Sul da capital federal. A reportagem entrou em contato com o condomínio. O funcionário da recepção informou que a sala onde deveria funcionar a Jabuti Artigos está vazia há algum tempo.
Substituto de Roberto Jefferson na disputa, Padre Kelmon ganhou destaque no noticiário por ter servido de escada do presidente Jair Bolsonaro durante o debate entre os presidenciáveis realizado pela TV Globo, na quinta-feira, 29.
O candidato do PTB já tinha participado do debate anterior, realizado pela Band, e se apresentado como integrante da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru. No debate de quinta, Kelmon chegou a ser chamado de “padre de festa junina” pela candidata Soraya Thronicke.
Procurado, padre Kelmon não se manifestou até a publicação desta reportagem.
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