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Partido de Mandetta, DEM diz esperar técnica e ciência de novo ministro

Em nota assinada por seu presidente, o prefeito de Salvador, ACM Neto, sigla afirma que o ex-ministro 'ainda contribuirá para a vida pública'

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 abr 2020, 19h10 - Publicado em 16 abr 2020, 18h45

Em comunicado após a demissão do agora ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pelo presidente Jair Bolsonaro, o DEM, partido de Mandetta, disse esperar que o novo responsável pela pasta, Nelson Teich, mantenha “critérios técnicos e científicos” na política de combate ao coronavírus.

A divergência entre o ex-ministro e Bolsonaro a respeito do grau de isolamento social necessário para evitar que a pandemia conduza o sistema de saúde brasileiro ao colapso desgastou a relação entre os dois e levou à demissão de Mandetta. Em declarações sobre a pandemia, o ex-ministro dizia se basear na ciência e nas orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), enquanto o presidente sempre ressaltou preocupação com o efeito do distanciamento social na economia.

“Ressaltamos, neste momento, a expectativa de que o novo ministro possa pautar as suas decisões em critérios técnicos e científicos, tendo como foco principal a preservação da vida das pessoas e a prioridade absoluta com a saúde pública, sob pena de presenciarmos no Brasil o crescimento desenfreado do Coronavírus e cenas que vêm se repetindo no mundo, causando dor e sofrimento à humanidade”, diz a nota do DEM, assinada pelo presidente do partido, ACM Neto, prefeito de Salvador.

Além do ex-ministro da Saúde, a legenda tem entre seus filiados os ministros da Agricultura, Tereza Cristina, e da Cidanania, Onyx Lorenzoni, ambos com mandato de deputado federal. Apesar da presença no primeiro escalão do governo Bolsonaro, o DEM atribui as nomeações a escolhas pessoais do presidente e adota postura independente em relação ao Palácio do Planalto nas votações no Congresso. Também são do DEM os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (AP).

No comunicado assinado por ACM Neto, o DEM classifica como “exemplar” o trabalho de Mandetta, ressaltando que ele “sempre agiu de acordo com critérios científicos para tentar conter o avanço da pandemia e, assim, diminuir ao máximo a perda de vidas”.

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“Mandetta sempre partilhou com a sociedade, de forma responsável e transparente, informações técnicas, seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde, esclarecendo a população sobre a importância de medidas preventivas e demonstrando total preocupação e absoluto compromisso com a saúde dos brasileiros”, diz o DEM.

Embora o ex-ministro tenha afirmado em entrevista exclusiva a VEJA que pretende agora colaborar com a transição no ministério e então somente “trabalhar, ganhar o pão”, seu partido afirma que “ele ainda contribuirá muito para a vida pública nacional”. Com o trabalho na Saúde aprovado por 76% da população, conforme o Datafolha, Mandetta passou a ser visto por correligionários no partido como um ativo a ser explorado nacionalmente.

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