O general Augusto Heleno Ribeiro não será o vice de Jair Bolsonaro na disputa pelo Palácio do Planalto. Plano B do deputado após a recusa do senador Magno Malta (PR-ES), Heleno havia aceitado o convite, mas o PRP – partido ao qual o general está filiado – rejeitou a aliança com o PSL.
O PSL pretendia firmar o acordo em uma reunião ocorrida na noite desta terça. Mas, na conversa, os representantes do PRP alegaram que já tinham se comprometido com algumas alianças regionais e que não haveria viabilidade de consultar os diretórios para fechar questão em torno de Bolsonaro.
“O que eles alegaram é que não daria tempo de reunir os estados, que tem estados que já estão fechados com o governador e gente querendo apoiar outro candidado (à Presidência)”, disse Bolsonaro a VEJA nesta quarta-feira. Mesmo quando o PSL ofereceu uma aliança apenas no plano nacional, com liberdade nos estados, a resposta foi negativa. “Todo mundo ficou chateado. Nós achamos que seria bom para o PRP”, afirma Bolsonaro.
Um dos estados em que o PRP já fechou aliança é a Bahia, onde o partido anunciou recentemente seu apoio à reeleição do governador Rui Costa, do PT.
Agora, Bolsonaro tende a escolher alguém do próprio PSL para o posto. A advogada Janaína Paschoal, filiada à sigla, tem sido citada por ele como o nome mais provável depois de Malta e Heleno. Com a recusa de PR e PRP, Bolsonaro pode disputar a eleição com apenas 7 segundos diários de propaganda eleitoral na TV. O deputado ainda guarda esperança de atrair outra sigla para a coligação: “Até 5 de agosto, tudo pode acontecer”, diz.