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PCC: O papel do braço direito de Marcola no plano de sequestro de Sergio Moro

Senador protocolou pedido para a Polícia Federal investigar quem foi o mandante do crime

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 fev 2025, 13h01

Sergio Moro está decidido a descobrir quem foi o mandante do plano de sequestro que, por pouco, não o colocou nas mãos do Primeiro Comando da Capital (PCC). Dias depois de a 9ª Vara Federal de Curitiba ter condenado oito pessoas pelo planejamento do rapto dele e de seus familiares, o ex-juiz da Lava-Jato protocolou pedido para que a Polícia Federal continue a investigar o caso em busca da identidade de quem deu a ordem para capturá-lo, levá-lo a um cativeiro nos arredores da capital paranaense e possivelmente executá-lo.

VEJA teve acesso às mais de 7.000 páginas que compõem o inquérito sobre o planejamento do sequestro, desbaratado após um antigo integrante da cúpula do PCC ter procurado o Ministério Público de São Paulo em fevereiro de 2023 e revelado que equipes da facção estavam há meses no encalço do senador. No calhamaço de documentos estão reunidas provas de operações de busca, monitoramentos telefônicos dos investigados, imagens de vítimas executadas, dados confidenciais do sistema carcerário paulista e diligências contra faccionados diversos. Nele estão também as primeiras evidências capazes de levar à identidade do mandante da captura do ex-ministro da Justiça.

Em uma conta de e-mail ligada a um dos investigados, por exemplo, a Polícia Federal encontrou um bilhete com instruções que acredita serem do narcotraficante Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho e hoje preso em um presídio federal de segurança máxima. Braço direito do líder do PCC Marcos Camacho, o Marcola, e maior fornecedor de cocaína da facção no Brasil, Fuminho repassou ordens sobre o “Projeto M (Moro) – Parte I e II”. As terminações foram parar no e-mail de Janeferson Gomes, o Nefo, designado pela cúpula do bando para levantar informações sobre a vida do senador e de familiares dele e colocar em prática o plano.

O sequestro de autoridades como Moro serve, em princípio, para forçar uma troca de prisioneiros, explicou a VEJA o promotor Lincoln Gakiya, ele próprio na linha de tiro da facção há anos. Uma das hipóteses levantadas pela polícia é de que o ex-juiz da Lava-Jato poderia ser usado como moeda de troca para a libertação de Marcola, preso há quase 30 anos.

Quem são os condenados por planejar o sequestro de Sergio Moro?

  • Claudinei Gomes Cárias: 14 anos, nove meses de reclusão em regime inicial fechado pelos crimes de extorsão mediante sequestro, na forma tentada, e organização criminosa armada
  • Franklin da Silva Correa: 11 anos, quatro meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado pelos crimes de extorsão mediante sequestro, na forma tentada, e organização criminosa armada
  • Herick da Silva Soares: 11 anos, quatro meses e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado pelos crimes de extorsão mediante sequestro, na forma tentada, e organização criminosa armada
  • Aline Arndt Ferri: oito anos, seis meses e 17 dias de reclusão em regime inicial semiaberto pelos crimes de extorsão mediante sequestro, na forma tentada, e organização criminosa armada
  • Cíntia Aparecida Pinheiro Melesqui: oito anos, seis meses e 17 dias de reclusão em regime inicial semiaberto pelos crimes de extorsão mediante sequestro, na forma tentada, e organização criminosa armada. Pode recorrer em liberdade.
  • Aline de Lima Paixão: oito anos, seis meses e 17 dias de reclusão em regime inicial semiaberto pelos crimes de extorsão mediante sequestro, na forma tentada, e organização criminosa armada. Pode recorrer em liberdade.
  • Hemilly Adriane Mathias Abrantes: cinco anos, cinco meses e sete dias em regime inicial semiaberto pelo crime de organização criminosa armada. Pode recorrer em liberdade.
  • Oscalina Lima Graciote: cinco anos, cinco meses e sete dias em regime inicial semiaberto pelo crime de organização criminosa armada. Pode recorrer em liberdade.
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