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Pesquisa mede como Lula e Bolsonaro vão impactar eleições municipais

Levantamento AtlasIntel traça retrato da polarização que passou a dominar a política nos últimos anos

Por Ricardo Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 12h32 - Publicado em 8 mar 2024, 15h49

Basta uma conversa das mais triviais, na mesa de bar, ou até mesmo no elevador, para se deparar com a polarização que tomou conta do país nos últimos anos. O que todo mundo já sentiu em algum grau foi, agora, traduzido em números pelo instituto de pesquisas AtlasIntel, que mediu a percepção dos brasileiros quanto às diferenças políticas, religiosas, étnico-raciais, de classe e de moradia (urbana ou rural).

O levantamento inédito criou um índice de polarização social. Numa escala que vai de zero a cem, o Brasil registra atualmente nível 67. Quem lidera o ranking são as questões políticas, que batem 76 pontos. Mais da metade (53%) dos 2 122 entrevistados disseram que sentem um conflito muito forte entre as pessoas que apoiam partidos políticos distintos.

Quando se olha para as duas pontas da disputa, percebe-se que as duas figuras de maior projeção no momento dominam o jogo em proporções muito semelhantes: 32% dos brasileiros se identificam como bolsonaristas e 31,2% como petistas, ou seguidores de Lula.

Rejeição a Lula e Bolsonaro

Já em relação à rejeição, outro fator que se tornou determinante nas disputas eleitorais, o grupo político do atual presidente da República leva certa vantagem. Enquanto 8,6% declararam não ser petistas, mas sim antibolsonaristas, 16,5% disseram não ser petistas, mas fortemente antipetistas.

A pesquisa quis saber ainda qual dimensão era mais importante para definir o posicionamento político, diante de temas que são frequentemente debatidos pela sociedade. Um quinto dos entrevistados (20,5%) disse que segue a abordagem ideológica de direita definida por Jair Bolsonaro. Outros 17,3% demonstraram aderência em relação à esquerda liderada por Lula.

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O grupo das pessoas que buscam fugir da polarização é pequeno. Míseros 6% se dizem de centro. E o restante divide a preferência ideológica em diversos temas: 13,8% seguem as propostas dos candidatos; 12,8% valores morais; 11,7% religião; 6,7% lideranças específicas e apenas 1,8% se posicionam com base em movimentos identitários.

O impacto nas eleições municipais

A lógica deve ter impacto significativo na dinâmica das próximas eleições municipais. Significativos 39% dos eleitores dizem que preferem candidatos ligados a Bolsonaro e 37,8% a Lula. A preferência por políticos neutros é de menos de um quarto do eleitorado (23%).

O levantamento alerta, porém, para o fato de que, em um contexto de um segundo turno,  a situação se altera. Apesar da polarização, os candidatos teriam de adequar o discurso para conquistar os 23% que procuram escapar dessa lógica.

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