O ex-vereador de Diadema Manoel Eduardo Marinho, conhecido como Maninho do PT, e o seu filho, Leandro Eduardo Marinho, foram soltos no início da tarde desta segunda-feira, 17. A dupla, que estava presa preventivamente desde maio por ter agredido o empresário Carlos Alberto Bettoni em frente ao Instituto Lula, teve um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Bettoni foi agredido após gritar ofensas ao PT em uma manifestação de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 5 de abril, quando o petista teve sua prisão decretada em razão de uma condenação na Operação Lava Jato. O tumulto começou na saída do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT no Senado, que foi hostilizado e começou a bater boca com o grupo de manifestantes – ele chamou Bettoni de “provocador”.
O empresário foi expulso a chutes e empurrões até a rua em frente ao instituto. Bettoni caiu e bateu a cabeça no para-choque de um caminhão que passava pela via. Ferido e sangrando, ele ficou estendido no chão por algum tempo – logo depois, levantou-se e foi levado para atendimento médico no Hospital São Camilo, em frente ao local.
O empresário sofreu traumatismo craniano e ficou quase um mês internado. Maninho e o filho foram acusados de tentativa de homicídio por motivo torpe e cruel.
Os advogados responsáveis pela defesa dos acusados, Roberto Guimarães e João Paulo Martinelli, afirmaram que pai e filho eram mantidos presos por “convicção pessoal” do juízo da 1ª Vara do Júri da Capital, que emitiu a ordem de prisão. “A decisão do STJ corrobora a tese da defesa, que apontava a desnecessidade da prisão dos acusados”, afirma Martinelli.