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PGR pede ao STF condenação de Gleisi Hoffmann na Lava Jato

Presidente do PT é acusada dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Julgamento na 2ª Turma do Supremo acontece nesta terça-feira

Por Reuters Atualizado em 18 jun 2018, 22h35 - Publicado em 18 jun 2018, 21h03

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) um memorial em que pede a condenação da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), do marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, e do empresário Ernesto Kugler por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso está previsto para ser julgado pela Segunda Turma do STF nesta terça-feira, 19.

O processo trata do suposto desvio de 1 milhão de reais oriundos de contratos com prestadoras de serviços da Petrobras, que foram usados na campanha dela ao Senado, em 2010. Segundo investigações do Ministério Público Federal (MPF), corroboradas por depoimentos dos delatores Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, quatro repasses no valor de 250.000 reais foram destinados à campanha da parlamentar naquele ano.

No documento enviado ao STF, Raquel Dodge destaca que Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo cometeram ato de ofício para fins de corrupção. No caso de Bernardo, o crime consistiu em conceder permanentemente apoio político para viabilizar a indicação e a manutenção de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

Já em relação à senadora, o ato de ofício foi na modalidade omissiva, pois ela tinha o dever de fiscalizar os atos praticados por órgãos da administração pública.

“A senadora, expoente de seu partido político, locupletou-se dolosamente de todo um esquema de ilegalidades praticados na Petrobras e, também por isso, deixou de cumprir com seu dever de fiscalização”, afirmou a procuradora-geral no memorial.

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A defesa de Bernardo afirma que, como titular do Planejamento, ele não tinha influência sobre Paulo Roberto Costa. Gleisi, por sua vez, diz que as delações são contraditórias e negou que quaisquer irregularidades tenham sido cometidas por ela ou por seu marido.

“Eu nunca estive com Paulo Roberto Costa, eu não estava na Casa Civil, eu nem estava na política. Então não tem nenhum ato meu nesse processo e nem do Paulo”, disse, quando do recebimento da denúncia pelo STF.

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