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Posse de Bolsonaro terá desfile em carro aberto e coquetel

Cerimônia religiosa ecumênica chegou a ser discutida, mas foi descartada pela condição de saúde do presidente, que estará se recuperando de cirurgia

Por Agência Brasil 16 nov 2018, 18h15

Um coquetel de recepção no Itamaraty – e não um banquete -, além de desfile em carro aberto com a primeira dama Michelle, no tradicional Rolls Royce, são algumas definições tomadas na última semana para a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, marcada para as 15h de 1º de janeiro. Só uma chuva, comum nessa data em Brasília, poderá mudar esses planos. Também foi retirada da programação a cerimônia ecumênica, que inicialmente surgiu entre as possibilidades.

Pelo roteiro desenhado para a posse, o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, e a mulher, Paula Mourão, também farão a bordo de um carro conversível o percurso entre a Catedral e o Congresso, onde, na primeira parte da cerimônia, Bolsonaro e Mourão serão empossados. Só a última etapa, o trajeto entre o Palácio do Planalto e o Itamaraty, deverá ser feita em carro fechado.

Apesar de não fazer parte do protocolo da posse, definido em decreto de 1972, a realização de uma cerimônia religiosa ecumênica chegou a ser discutida, mas nas últimas semanas foi descartada pela condição de saúde do presidente eleito.

Na data da posse, Jair Bolsonaro estará se recuperando da cirurgia que fará para a retirada da bolsa de colostomia, colocada na área externa do abdômen após ele sofrer uma facada, em setembro. A expectativa é de que a operação ocorra no dia 12 de dezembro. Apesar da preocupação extrema com a segurança de Bolsonaro, ele tem dado sinais de querer estar próximo de populares.

Eleitores e simpatizantes de Jair Bolsonaro poderão assistir da Praça dos Três Poderes à transmissão de faixa e ao discurso que o presidente fará no Parlatório do Planalto. A exemplo do que é feito quando há manifestações na Esplanada dos Ministérios, a população será revistada pela Polícia Militar e objetos como mastros de bandeiras, máscaras, armas, objetos cortantes, explosivos, fogos de artifício, entre outros, serão apreendidos.

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Chefes de estado

Na complexidade da organização de uma posse presidencial, alguns detalhes anunciados essa semana, como a definição do diplomata Ernesto Araújo como futuro ministro das Relações Exteriores, são fundamentais para os próximos passos do evento, a exemplo da definição de quais líderes internacionais serão convidados.

Tradicionalmente são chamados os líderes dos países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas. No entanto, diante de recentes manifestações de Bolsonaro, há dúvidas sobre mandatários como os da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Bolívia, Evo Morales, seriam convidados. A expectativa é de que 60 delegações estrangeiras prestigiem a posse.

Somente para a cerimônia de posse no Congresso Nacional, serão distribuídos 2.000 convites. Para a recepção no Itamaraty, são previstos outros 1.000 convidados. Na lista estão autoridades de primeiro escalão do governo, militares de alta patente, chefes de estado, diplomatas, parlamentares e governadores eleitos ou reeleitos de estados.

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