Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Processo contra Lula tem velocidade digna do Guinness, diz defesa

Advogado do ex-presidente questiona tramitação de investigação sobre terreno e apartamento que, segundo a Lava Jato, são frutos de propina na Petrobras

Por Da Redação
27 jan 2017, 13h57

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em defesa apresentada em processo da Operação Lava Jato, que a velocidade com que tramita a ação em que o petista é acusado de se beneficiar ilegalmente de dois imóveis tem potencial para entrar no Guinness, o livro dos recordes.

“O trâmite desse processo é um recorde digno de figurar no Guinness”, afirma a defesa, que lista o cronograma do caso. Segundo o advogado Cristiano Zanin Martins, a Polícia Federal deu apenas dois dias úteis para a defesa de Lula apresentar suas alegações e, um dia útil depois, já havia indiciado o ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia.

Três dias úteis depois, continua o advogado, a denúncia foi apresentada pela PF ao juiz Sergio Moro, que, após quatro dias úteis, decidiu pela abertura da ação. Os inquéritos que deram origem à acusação tramitavam desde março de 2016.

“É incabível o procedimento tramitar ocultamente por mais de oito meses e ser concluído um dia depois de o investigado prestar seus esclarecimentos! Como atribuir impessoalidade a tal investigação?”, afirma.

Para a defesa, “essa ânsia desmesurada e crescente de prover acusações é tática comprovada de lawfare, o condenável expediente autoritário consubstanciado no uso do direito e dos procedimentos jurídicos como meio de atingir resultados políticos”. “É inegável que parte dos agentes públicos envolvidos na Lava Jato abriu uma verdadeira – e notória – guerra contra Lula e o projeto político que representa”, afirma.

Continua após a publicidade

 

Os dois inquéritos tratam de um terreno na Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo, que teria sido comprado pela Odebrecht para a construção do Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao que Lula e Marisa moram, que é usado pelo ex-presidente e que também teria sido fruto do esquema de corrupção na Petrobras, segundo a acusação.

No primeiro caso, a defesa diz que Lula esteve apenas uma vez no local, com diretores do Instituto da Cidadania (nome anterior do Instituto Lula) e que descartou a compra do terreno – a sede depois foi construída no Ipiranga, em área comprada em 1990. “O que ocorreu com o imóvel após tal data não resguarda qualquer relação com nossos clientes”, disse.

Já sobre o apartamento em São Bernardo do Campo, a defesa afirma que Lula e Marisa são locatários do imóvel “conforme prova existência de contrato” – para a acusação, eles são proprietários de fato do imóvel. “O casal paga aluguel, com o recolhimento dos impostos, negócio de âmbito estritamente privado e sem qualquer relação com a Operação Lava Jato”, diz o advogado. Para ele, não há prova ou qualquer outro fundamento para “atribuir a destinação ou oculta propriedade desses imóveis”.

Continua após a publicidade

Os advogados aproveitam para, no final da defesa, reafirmar que não consideram o juiz Sergio Moro imparcial para julgar as acusações contra Lula. “Ressaltamos, ainda, que não reconhecemos a competência e a isenção do juiz da 13ª Vara de Curitiba, por isso renovamos as exceções de incompetência e suspeição”, afirma.

 

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.