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Procurador preso atuava para impedir delação de Joesley Batista

Informação é do procurador-geral da República Rodrigo Janot, que enviou e-mails aos demais procuradores

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 Maio 2017, 09h56 - Publicado em 18 Maio 2017, 09h54
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  • A Operação Patmos, da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta-feira, tem como alvo principal o senador e presidente do PSDB Aécio Neves. Mas um flanco das investigações atingiu em cheio o Ministério Público e levou o procurador-geral da República Rodrigo Janot e enviar, na manhã de hoje, e-mail a procuradores da República em que as medidas tomadas hoje tem “um gosto amargo para a nossa instituição” e pede que todos sigam “confiando nas instituições republicanas”.

    Entre os alvos desta nova fase da Operação Lava-Jato estão o procurador da República Ângelo Goulart Villela e o advogado Willer Tomaz, ambos alvo de mandados de prisão preventiva. Villela, por exemplo, atuava no Ministério Público junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e também na força-tarefa da Operação Greenfield, que investiga fraudes em fundos de pensão. As suspeitas contra ele são de que os dois atuavam para impedir que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, fechasse um acordo de delação premiada. “O membro e o citado advogado são investigados por tentativa de interferir nas investigações da referida operação, que envolve o Grupo J&F, e de atrapalhar o processo de negociação de acordo de colaboração premiada de Joesley Batista”, disse Rodrigo Janot em e-mail nesta quinta.

    As revelações de Joesley jogaram por terra as pretensões políticas do senador Aécio Neves – ele é o alvo principal da operação desta quinta-feira e foi afastado do mandato parlamentar por ordem do ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal. Também complicam ainda mais a situação política do presidente Michel Temer, gravado pelo empresário Joesley Batista, entre outros episódios, dando aval para que fosse comprado o silêncio do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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