Um dos principais ruídos da aliança nacional entre PT e PSB, a insistência do pessebista Alessandro Molon em manter a candidatura ao Senado pelo Rio de Janeiro incomoda há tempos o partido de Lula. Agora, a irritação parece ter chegado a seu paroxismo. “Se Molon não retirar a candidatura, haverá sérias consequências na aliança”, diz a VEJA o presidente do PT-RJ, João Mauricio de Freitas.
No terceiro maior colégio eleitoral do país e berço do bolsonarismo, a chapa tem o petista André Ceciliano para o Senado e Marcelo Freixo, correligionário de Molon, como candidato a governador. “As consequências podem ser até um rompimento da aliança com Freixo. Não aceitamos dois candidatos ao Senado. O acordo entre as direções dos partidos precisa ser respeitado”, acrescenta Joãozinho, como é conhecido o dirigente.
Uma reunião entre os comandos nacionais das siglas está marcada para a próxima segunda-feira, mas não versará apenas sobre o Rio. Há ainda empecilhos em estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, por exemplo.
Enquanto isso, Lula prepara uma nova ida ao Rio para os dias 6 e 7 de julho. Um ato público está sendo desenhado para formalizar o palanque dele em terras fluminenses, mas o turbilhão dos bastidores deixa no ar mais dúvidas do que certezas. Outro movimento recente no jogo foi o aceno do prefeito Eduardo Paes (PSD), que tem como candidato ao governo o advogado Felipe Santa Cruz, ao presidenciável do PT.