Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Joesley diz que pagava mesada de 50.000 reais a Aécio, segundo jornal

Em complemento a acordo de delação premiada, empresário revela que contratos de publicidade com rádio de Senador eram fachada

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 17h39 - Publicado em 20 abr 2018, 08h12

Contratos de publicidade entre a JBS e a rádio Arco Íris, afiliada da rede Jovem Pan em Belo Horizonte, eram fachada para o pagamento de uma “mesada” do empresário Joesley Batista ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). É o que disse o empresário da JBS em complemento feito em seu acordo de delação premiada junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo o jornal Folha de S.Paulo.

O pagamento, de 50.000 reais, era “para o custeio mensal das despesas” do senador tucano, de acordo com o empresário. Junto com o depoimento, Joesley entregou dezesseis notas fiscais emitidas pela rádio Arco Íris – na qual Aécio era sócio da irmã, Andrea Neves – que trazem a JBS como a empresa contratadora da publicidade.

O empresário diz que não sabe se em algum momento foram veiculadas publicidades do seu grupo, mas que a finalidade dos pagamentos, que somaram 864.000 reais, era pagar propina à família do senador tucano. Nesta semana, Aécio Neves se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de pedir 2 milhões de reais em propina ao mesmo Joesley, a partir de gravações de áudio feitas pelo empresário.

Neste caso, Aécio diz que o valor – pago em dinheiro vivo, em quatro parcelas semanais de 500.000 reais – era um empréstimo pessoal pedido por ele a Joesley para arcar com o custo de sua defesa em processos da Operação Lava Jato. Ele também argumentou que negociava com o empresário a compra de um apartamento, avaliado em 40 milhões de reais, que pertence à sua mãe e fica no Rio de Janeiro.

Joesley Batista e outros seis executivos do grupo J&F, que controla a JBS, formalizaram um acordo de delação premiada em maio de 2017. Em agosto, depois da revelação da existência de omissões nos depoimentos, o empresário fez um complemento para tentar manter o acordo.

Continua após a publicidade

Defesa

À Folha, o advogado de Aécio, Alberto Toron, afirmou que Joesley se aproveita de “uma relação comercial lícita” para “forjar mais uma falsa acusação”. Toron completa que uma prova nesse sentido é a de que o último pagamento da JBS à rádio Arco Íris foi feito em junho de 2017, portanto, um mês depois da delação.

Pela lei brasileira, acusados que discutem acordos de colaboração não podem cometer novos crimes após o início das negociações.

A rádio Arco Íris, também ao jornal, questionou o relato de Joesley, dá “caráter político a uma relação estritamente comercial, comprovadamente correta, legal e legítima na prestação de serviços publicitários”. A relação comercial está evidenciada, diz, em e-mails trocados entre o seu setor de marketing e empresas do grupo J&F, em especial Vigor, Itambé e Seara.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.