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Queiroz ‘teme pela vida’ e tem que ir para presídio da PM, diz advogado

Paulo Emílio Catta Preta afirma que ex-assessor de Flávio Bolsonaro não lhe disse por que estava na casa de Frederick Wassef quando foi detido em SP

Por Redação
Atualizado em 18 jun 2020, 16h28 - Publicado em 18 jun 2020, 16h03

Contratado pelo ex-policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) preso nesta quinta-feira 18 em Atibaia (SP), o advogado Paulo Emílio Catta Preta afirmou que pedirá à Justiça que ele seja mandado a um presídio militar no Rio de Janeiro, e não ao Complexo de Gericinó, em Bangu, conforme ordenou o juiz Flávio Itabaiana Nicolau. O defensor declarou a jornalistas que ainda não teve acesso à decisão do magistrado, mas que entrará com um pedido de revogação ou habeas corpus depois de ter conhecimento das bases da ordem judicial.

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Segundo o advogado, Queiroz tem sua segurança colocada em risco ao ser colocado em um presídio comum. “Vamos tentar que ele seja mandado a um batalhão de Polícia Militar, dentro da prerrogativa legal. A lei prevê essa prerrogativa. Qual é o fundamento de se manter um policial reformado dentro de um batalhão? É para que ele não esteja exposto no mesmo estabelecimento que as pessoas que eventualmente ele tenha prendido”, disse Catta Pretta. No mandado de prisão expedido por Itabaiana contra Queiroz, o juiz escreveu que estava proibida “em qualquer hipótese sua custódia no Batalhão Especial Prisional”, unidade que recebe militares detidos.

Catta Preta declarou que Queiroz “teme pela vida dele” e que já sofreu ameaças desde que veio à tona a investigação do Ministério Público do Rio sobre a prática de “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no final de 2018. O ex-assessor ainda não prestou depoimento e só falará com os investigadores depois que Catta Preta tiver acesso à decisão.

O advogado relatou também ter sido procurado há cerca de duas semanas pelas filhas de Queiroz, que estava sem advogado desde o final do ano passado, e assumiu a defesa após a prisão. Ele também defendeu o miliciano Adriano da Nóbrega, que também foi PM, era amigo de Queiroz e acabou morto em uma operação policial na Bahia em fevereiro.

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Catta Preta disse ter conversado por 20 minutos com Queiroz e perguntou a ele por que estava em Atibaia quando foi detido pela polícia. Segundo o advogado, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, que estava na casa de Frederick Wassef, advogado do senador e do presidente Jair Bolsonaro, alegou que não morava na cidade e não explicou o porquê de estar no imóvel de Wassef. “Ele disse que ia a São Paulo com alguma regularidade para cuidar da saúde. Então, desde que ele fez a cirurgia do câncer, há mais de um ano, e, recentemente, uma de próstata, há dois meses, ele tem ido sempre que necessário”, afirmou.

Catta Preta disse desconhecer uma ordem de prisão contra Márcia Aguiar, mulher de Queiroz, que é considerada foragida da Operação Anjo, que levou seu marido à prisão. Ele afirmou que não falou com ela e vai esperar que ela entre em contato com ele.

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