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“Quem não deve não teme”, diz Witzel sobre disputar o governo do Rio

Ex-governador afastado por impeachment acredita que vai reverter a sentença no Supremo Tribunal Federal

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 26 jul 2022, 23h38 - Publicado em 26 jul 2022, 20h15

O ex-governador do Rio, Wilson Witzel, disse nesta terça-feira, 26, em entrevista a VEJA que pretende disputar novamente o Executivo fluminense nas eleições de 2022. Se a intenção se concretizar, será o retorno do ex-juiz à cena política depois de ele ter sido afastado do Palácio Guanabara, em fevereiro do ano passado, sob suspeita de integrar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro no Estado.

“Quem não deve não teme. Sou candidato que as máfias, as milícias e os traficantes não querem”, afirmou Witzel. “Antes que continuem divulgando informações falsas, não tenho nenhuma condenação criminal, ou por improbidade. Sequer respondo sobre os fatos do impeachment”, disse.

Na segunda-feira, 25, o ex-juiz publicou nas redes sociais um vídeo no qual manifestou a intenção de concorrer ao governo. Na gravação, ele anuncia que pretende lançar sua pré-candidatura no dia 30 de julho, data da convenção do PMB (Partido da Mulher Brasileira).

“Estou filiado ao PMB com muita honra. E, no próximo dia 30, estaremos reunidos na convenção para escolher os candidatos a deputado federal, estadual e governador. Eu coloco meu nome à disposição dos filiados para estarmos juntos nessa luta e fazer com que o Rio de Janeiro volte a dar certo”, ressaltou  o ex-governador. “Infelizmente, o que estava certo foi substituído por aquilo que é errado.  E esses que já fizeram muito de errado ao nosso estado querem voltar. Nós não podemos deixar”, completou.

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O afastamento de Witzel ocorreu após denúncia do Ministério Público Federal, que apurou corrupção na área da saúde do Rio durante a pandemia. A acusação é de que o ex-governador teria recebido propina.  Ele teve o mandato cassado e os direitos políticos suspensos em abril do ano passado. Desde então, o Rio de Janeiro é governado por Cláudio Castro (PL-RJ). Witzel recorreu da decisão. O processo aguarda a sentença do Supremo Tribunal Federal (STF).

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