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Quem são os sete deputados que votaram contra a cassação de Flordelis 

Esquerda, direita e centrão: saiba quem é a minoria na sessão que afastou a legisladora 

Por Marina Lang Atualizado em 12 ago 2021, 00h19 - Publicado em 11 ago 2021, 18h45

Um total de sete deputados federais votou contra a cassação de Flordelis dos Santos Souza (PSD-RJ) no plenário da Câmara nesta quarta-feira, 11. De direita, esquerda e centrão, o pequeno grupo foi vencido pelos 437 votos dos colegas que selaram o destino político da parlamentar, que também é cantora gospel e estava em sua primeira legislatura na Casa. 

A lista dos que se posicionaram contrários ao afastamento começa com o deputado de esquerda Glauber Braga (PSOL-RJ). Ele chegou a propor que a suspensão do mandato de Flordelis fosse votada antes que se abrisse o pleito que definiria a cassação. A eventual suspensão do mandato duraria até que saísse a decisão do Tribunal do Júri no Rio. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), abriu espaço para que emendas fossem apresentadas – entretanto, elas deveriam ter, no mínimo, 103 assinaturas de congressistas. Mas nenhum dos pares de Flordelis, tampouco Braga, apresentou proposta. 

Por  meio de sua conta no Twitter, o deputado justificou sua posição: alegou que não viu comprovação de quebra de decoro parlamentar de Flordelis – razão pela qual ela foi cassada – e acrescentou que defende uma agenda antipunitivista, uma vez que a deputada ainda não foi condenada pelas acusações a que responde.

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Três deputados do centrão também quiseram poupar Flordelis da pena imposta pela maioria: Carlos Gaguim (DEM-TO), Dimas Fabiano (PP-MG) e Fausto Pinato (PP-SP) se opuseram ao afastamento. Legisladores de partidos da direita encerram o pequeno rol: Jorge Braz (Republicanos-RJ), Leda Sadala (Avante-Amapá) e Maria Rosas (Republicanos-SP). 

De todos que votaram pela absolvição de Flordelis na Câmara, somente o deputado esquerdista se manifestou em plenário. A parlamentar fluminense foi cassada por quebra de decoro – de acordo com o relatório da Comissão de Ética, ela lançou mão das prerrogativas do cargo para obstruir as investigações e coagir as testemunhas do caso. Cassada agora, Flordelis foi acusada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, em agosto do ano passado, de ser a mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 16 de junho de 2019, na garagem da casa em que o casal vivia com 55 filhos em Niterói, na região metropolitana da capital. Seis deles estão presos e são apontados pelas participações no complô do assassinato do pastor. Flordelis diz que é inocente e põe a culpa nos filhos que já estão presos. A primeira parte do julgamento, que envolveu oitivas de testemunhas e da própria Flordelis, já foi concluída – falta apenas o Tribunal de Justiça do Rio marcar a data do júri popular. 

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