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Raquel Dodge anuncia parte de sua equipe na PGR

Sete dos doze nomeados têm experiência em grandes investigações ou são especializados em crimes financeiros e de corrupção

Por Da redação
22 ago 2017, 16h57

A procuradora-geral da República nomeada, Raquel Dodge, anunciou nesta terça-feira parte dos procuradores que farão parte de sua gestão na Procuradoria-Geral da República (PGR), a partir do dia 18 de setembro, quando ela inicia seu mandato. Conforme a PGR, as nomeações serão oficializadas após a posse de Dodge e os indicados aos postos participam dos trabalhos de transição com a equipe do atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Na lista anunciada hoje, definiu-se que o subprocurador Luciano Mariz Maia, especializado em direitos humanos, substituirá José Bonifácio de Andrada como vice-procurador-geral da República. Humberto Jacques de Medeiros, que atua no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em processos criminais, será o novo vice-procurador-geral eleitoral, no lugar de Nicolao Dino.

Sete dos doze nomes escolhidos por Dodge têm experiência em investigações de casos de corrupção, como o mensalão e a Operação Zelotes, ou são especializados no combate a crimes do gênero. “Convidamos para o gabinete especialistas nas matérias que mais afligem a população brasileira atualmente. A equipe do gabinete precisa estar atenta aos problemas nacionais em todas as suas dimensões e de forma equilibrada”, afirma a sucessora de Janot.

Após convidar os atuais membros da força-tarefa da Operação Lava Jato na PGR a permanecerem em seus cargos, Raquel Dodge escolheu os procuradores José Alfredo de Paula Silva e Alexandre Espinosa Bravo Barbosa para reforçar a equipe. Ambos são membros do Núcleo de Ações Originárias da Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR1), que investiga crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e desvios de recursos públicos, e também integraram da equipe que assessorou o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza no processo do mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Além da atuação como auxiliar de Souza, Silva participou das investigações do mensalão do PSDB, em Minas Gerais, e da Zelotes, que apura cobrança de propina no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o “tribunal da Receita Federal”, em troca de decisões favoráveis a empresas.

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Futura ocupante da Secretaria da Função Penal Originária da PGR junto ao STF, pasta a ser criada por Dodge, a procuradora Raquel Branquinho também integra o Núcleo de Ações Originárias da PRR1 e foi uma das colaboradoras do então procurador-geral da República nas investigações do mensalão. Ela atuou nas investigações do caso dos bancos Marka e Fontecindam, que levou à queda do ex-presidente do Banco Central Francisco Lopes, durante o segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, além do caso Banestado e de desvios em contratações do INSS e do Dataprev.

Marcelo Ribeiro de Oliveira, membro da secretaria a ser comandada por Raquel Branquinho, participou das apurações das operações Zelotes e Monte Carlo, que mirou o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Outro auxiliar de Raquel Dodge já experimentado em investigações de grande repercussão é Alexandre Camanho. Representante do Ministério Público Federal em ações de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo e nomeado como Secretário-Geral Jurídico por Dodge, Camanho participou das investigações do caso de corrupção protagonizado pelo ex-presidente Fernando Collor de Melo e o empresário PC Farias e da máfia dos Sanguessugas. Ele presidiu a Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) entre 2011 e 2015.

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Entre os escolhidos para a equipe de Dodge, também são especializados em crimes financeiros e de corrupção os procuradores Lauro Pinto Cardoso Neto, que ocupará o mesmo cargo de Marcelo Oliveira, Zani Cajueiro, futura secretária-geral do Ministério Público da União, e Pablo Coutinho Barreto, escolhido para a Secretaria de Pesquisa e Análise e Pesquisa Pericial da PGR.

Os outros dois cargos já definidos pela futura procuradora-geral da República são a Secretaria de Cooperação Jurídica Internacional, a ser ocupada por Cristina Schwansee Romanó, e a coordenadoria do Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral, à qual foi indicado Sidney Pessoa Madruga. Ainda restam as nomeações à Secretaria de Direitos Humanos e Tutela Coletiva, à Secretaria de Análise Constitucional e à Secretaria da Função Penal Originária junto ao STJ.

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