Em busca de alianças eleitorais, emissários da pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, começaram a sondar políticos de outros partidos para compor sua chapa presidencial. Nomes de peso da Rede, como o senador Randolfe Rodrigues (AP), citam o presidente nacional do PPS, o ex-ministro da Cultura Roberto Freire, como um dos políticos ideais para disputar o Palácio do Planalto como vice de Marina.
“Acho que o companheiro de chapa de Marina devia ser ou alguém do meio empresarial, que seja honesto, que seja sério, ou do perfil político do Roberto Freire. É um nome que encaixa perfeitamente. Talvez seja a pessoa do mundo político que reúna as melhores condições para ser vice de Marina”, disse Randolfe.
Marina e Freire já conversaram sobre o cenário político-eleitoral. Eles têm boa relação. Não houve, porém, um indicativo de aliança. Um dos encontros, na sede da Rede, foi intermediado pelo deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), próximo a Freire. “Não podemos induzir um partido a nos apoiar”, diz Miro, cauteloso. “As coisas têm seu tempo, o PPS terá seu tempo de deliberação. Não sabemos os compromissos do PPS pelo país, em termos até de candidatura presidencial.”
Com dificuldade de articular uma coligação que amplie sua exposição na TV no horário eleitoral, Marina declarou que buscaria apoio de legendas que formaram sua coligação em 2014, entre elas, PPS, PSB, PHS, PRP, PSL e PPL. Sem partidos aliados, ela ficaria com cerca de 10 segundos na propaganda televisiva.
O PPS, no entanto, está comprometido em apoiar o pré-candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin. Freire negou que tenha recebido convite formal da pré-candidata. Aliados do ex-ministro da Cultura, entusiasmados com a possibilidade, dizem que o PPS tende a decidir quem apoiará às vésperas do início da campanha, em agosto. Freire é aliado de longa data do tucano e diz que “está trabalhando” para que o partido confirme apoio a Alckmin.