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Reforma da Previdência pode ser votada só em 2018, afirma relator

Arthur Maia (PPS-BA) diz que Temer não possui votos para aprovar a proposta nesta terça-feira e que governo não tem mais nada a oferecer aos parlamentares

Por Da Redação
Atualizado em 4 dez 2017, 19h09 - Publicado em 4 dez 2017, 16h44
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  • Relator da proposta da Reforma da Previdência, o deputado federal Arthur Maia (PPS-BA) disse que é improvável que a proposta seja analisada pela Câmara nesta terça-feira, 5, porque o governo não teria votos suficientes para aprovar a matéria. Para Maia, é possível que a proposta seja votada só no ano que vem.

    “Acho bastante improvável que a Reforma da Previdência seja votada amanhã [terça-feira]. Falta voto para o governo”, afirmou o parlamentar, que não participou da reunião com o presidente Michel Temer (PMDB) neste domingo, 3, no Palácio do Jaburu. Questionado se era possível que a proposta fosse votada só no ano que vem, Maia respondeu: “Claro”.

    No encontro, Temer propôs uma espécie de pacto para conseguir aprovar a Reforma da Previdência na Câmara. A ideia, apresentada pelo presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, é que os dirigentes repassem mais recursos do fundo para parlamentares mais fiéis ao governo e que não aceitem em suas legendas deputados que eventualmente votarem contra a reforma.

    Um dos partidos resistentes a essa ideia é o DEM, que planeja aumentar sua bancada na Câmara em pelo menos nove deputados – a maioria vinda do PSB. “Essa foi uma ideia do Roberto. O DEM não garantiu nada”, disse o líder do partido, deputado Efraim Filho (PB). “Disse que toparia só se todos se comprometessem e que isso não valeria para aqueles com quem já fechei a ida ao partido”, afirmou o ministro Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços), presidente licenciado do PRB.

    Maia afirmou também que o governo não tem mais nada a oferecer aos partidos de sua base para fazer com que votem a favor da reforma. “O governo não tem mais nada. Não existe mais orçamento este ano”, disse.

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    O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) disse a VEJA que a prerrogativa de colocar a proposta na pauta de votações é do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Pelo que sei, não ocorrerá nesta semana”, afirmou.

    (Com Estadão Conteúdo)

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