A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes) entrou com uma ação na Justiça para cobrar explicações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, sobre uma entrevista em que ele disse haver produção de drogas ilícitas em universidades federais.
A ação foi apresentada pelo reitores na 9ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal. Os dirigentes afirmam que a declaração do ministro apresenta “teor depreciativo em relação às universidades federais e, em consequência, aos seus reitores”.
No dia 21 de novembro, em entrevista ao Jornal da Cidade Online, Weintraub disse haver “extensas plantações de maconha” em universidades federais, além de “laboratórios de desenvolvimento de droga sintética”.
Na quarta-feira, 4, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou a convocação de Weintraub para tratar sobre a entrevista. No total, o colegiado aprovou cinco requerimentos de convocação ao ministro, apresentados por deputados do PT, PSOL, PSB e Podemos.
A previsão é de que o ministro seja ouvido pelo colegiado na manhã da próxima quarta-feira, 11. Ao contrário de pedidos de convite, os requerimentos de convocação por comissões do Congresso tornam obrigatório o comparecimento do requerido.
Caso não compareça e não apresente justificativas para a ausência, Weintraub pode responder por crime de responsabilidade.
Outros requerimentos apresentados também pedem explicações ao ministro sobre ações como a divulgação do telefone da deputada Tabata Amaral (PDT-SP) e críticas a professores de universidades federais.
(Com Agência Brasil)