Em seu primeiro discurso após a confirmação de que haverá um segundo turno para a corrida presidencial, o candidato do PT, Fernando Haddad, pregou a união dos adversários de centro e reconheceu que o cenário daqui para frente é desafiador.
“Os resultados são bastante expressivos e me fazem atentar para os riscos que a democracia corre”, disse, em discurso num hotel, no centro de São Paulo.
Haddad também ressaltou que, antes de se pronunciar, já havia falado com Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL). “Eles já mantiveram contato conosco”. Por enquanto, dos três, só Marina ainda não declarou quem apoiará no segundo turno.
No discurso, o petista indicou como deve ser o tom da campanha no segundo turno. Afirmou que pretende unir “todos os democratas” do país, que a Constituição de 1988 está “em jogo”, e que o enfrentamento se dará “respeitosamente com uma arma: o argumento”.
Haddad também aproveitou a ocasião para rebater as “fake news” espalhadas nas redes sociais de que ele é contrário à família e fez um aceno ao eleitor mais conservador. “Não vou abrir mão dos meu valores familiares, que foram atacados nos últimos dias de forma sorrateira”, disse ao lado de sua mulher, Ana Estela.