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Se eleito, Bolsonaro apresentará reforma da Previdência no ano que vem

Candidato do PSL voltou a defender que membros das Forças Armadas se mantenham com critérios distintos, a não ser que tenham direito a greve

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 26 out 2018, 00h25 - Publicado em 25 out 2018, 23h58
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  • O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista exibida na noite desta quinta-feira (25) pela TV Aparecida que a equipe econômica que o assessora já tem um rascunho de reforma da Previdência. “Se eu for eleito, a gente apresenta no ano que vem”, afirmou.

    O candidato não deu detalhes sobre as mudanças que pretende apresentar, mas sinalizou que as regras podem ser distintas para cada grupo social. “Não pode colocar todo mundo no mesmo saco. Eu acho, por exemplo, que tem de mexer na idade, mas não de 60 para 65 como quer (o presidente Michel) Temer. Nós vamos cortar privilégios”, disse.

    Bolsonaro voltou a defender também que membros das Forças Armadas e de segurança pública se mantenham com critérios distintos, a não ser que eles tenham direito a greve, entre outros.

    “Eu já disse isso à minha equipe econômica. Eu topo (uma reforma da Previdência), mas vamos dar todos os direitos a eles, inclusive de greve. Tem de fazer que eles, ao longo de sua vida laborativa, tenham os mesmos direitos que um trabalhador comum”, disse.

    Privatizações

    O capitão reformado do Exército também afirmou que estatais estratégicas não serão privatizadas em seu eventual governo. “Tudo terá um critério ou um modelo, não vamos sair vendendo tudo. Quem é funcionário da Caixa, do Banco do Brasil, do setor elétrico, do setor energético, pode ficar tranquilos”, afirmou.

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    O candidato disse ainda que, neste sentido, o Banco do Nordeste e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também vão se manter estatais.

    Ministérios

    Bolsonaro afirmou que pretende ter em torno de 15 ministérios, no caso de vencer o pleito no próximo domingo. Questionado sobre que pastas poderiam ser extintas, o candidato listou exemplos. “Quando você fala do Ministério das Cidades, pode ser uma secretaria, é uma sugestão”, afirmou.

    Venezuelanos

    O candidato negou o rótulo de xenófobo e que propõe que “a entrada de venezuelanos seja regularizada”. Sobre a crise no país vizinho, o candidato do PSL afirmou que o governo tem de procurar a ONU para criar “campos de refugiados”. Bolsonaro criticou também que a Lei de Migração brasileira. “Nós somos um país que não pode ser de fronteiras abertas”, afirmou.

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    Escolinhas do MST

    O presidenciável disse, ainda, que é necessário o fechamento de escolas em assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A declaração se deu após ele explanar a ideia de propor educação a distância para crianças em áreas rurais.

    “Queremos por um ponto final nas escolinhas do MST. A bandeira que eles hasteiam não é a verde e amarela, é a vermelha com uma foice e um martelo. Lá eles não aprendem o Hino Nacional, eles aprendem a Internacional Socialista. Eles estão formando uma fábrica de guerrilheiros no Brasil”, afirmou.

    O candidato criticou mais uma vez os esquerdistas. “São malandros, que nunca trabalharam na vida, sempre viveram às custas dos outros. Isso tem de acabar no Brasil e vai acabar na forma da lei, se eu for presidente da República”, afirmou.

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    Bolsonaro acusou ainda o PT de ser corrupto e disse que o partido vai ser alijado do poder. “Não precisa de fake news para derrotar o PT, é só dizer a verdade”, disse.

    O capitão da reserva disse ainda que lamenta “casos de violência isolados”. “Eu tenho dito para a minha militância, começou uma discussão sobre política numa mesa, vai embora, vai para outro lugar.”

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